Preço preocupa triticultores

Proximidade do período de colheita é responsável por uma queda ainda maior no valor do grão

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A área reduzida e a qualidade do trigo a ser produzida ainda não são suficientes para resolver o problema dos preços enfrentado pelos triticultores. No estado a base de compra é de R$ 410 a tonelada e de venda a R$ 440 para a mesma quantidade. Se não fosse a quebra de produção na Rússia os preços poderiam estar abaixo de R$ 400. Neste momento, o mercado brasileiro de trigo continua sentindo os reflexos da valorização do real em relação ao dólar e dos preços internacionais.
Além da pressão causada pelas variáveis formadoras de preços, a cotação do cereal sente os efeitos do avanço da colheita no Paraná e Paraguai, do início dos trabalhos nas lavouras gaúchas e da proximidade da colheita na Argentina e no Uruguai. “Pelo lado da demanda, depois de reporem os estoques e percebendo que os preços não tinham espaço para grandes avanços, os moinhos reduziram o interesse comprador, fechando apenas negócios considerados atrativos pelo preço ou pela qualidade”, diz Cleber Bordignon, diretor da Agroinvvesti.

“Diante da configuração da oferta nos últimos meses deste ano, se o comportamento cambial permanecer, a tendência é que os preços mantenham um viés de baixa, podendo abrir a necessidade de o governo intervir no mercado para garantir o preço mínimo”, acrescenta Elcio Bento, analista de mercado da Safras & Mercado.

Estoques públicos
O governo brasileiro conta com 1,2 milhão de toneladas estocados em armazéns da Conab. É no RS que se encontra o maior volume, com 535,771 mil toneladas - 44% do total.

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