A atividade industrial gaúcha caiu 0,5% em outubro, na comparação com setembro, sem os efeitos sazonais. “O setor continua trabalhando fortemente para recuperar as perdas com a crise econômica mundial, apesar do ritmo de expansão estar mais lento. Com a vocação exportadora do Estado, a valorização do câmbio é um fator que vem interferindo negativamente no resultado final. Sem ele, já poderíamos ter voltado aos padrões de 2008”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, nessa quinta-feira (2).
As variáveis do Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) da FIERGS que registraram recuos foram Utilização da Capacidade Instalada (-1,8%), Faturamento (-0,9%), Horas Trabalhadas na Produção (-0,7%) e Emprego (-0,3%). Já os crescimentos ficaram por conta da Massa Salarial (0,4%) e das Compras de Insumos e Matérias-primas (0,2%).
Quando outubro é comparado com o mesmo mês de 2009, o IDI-RS apresenta uma elevação de 4,6%. Os indicadores do mercado de trabalho tiveram os maiores aumentos: Massa Salarial (11,4%) e Emprego (5,8%). Já em relação aos de produção, houve avanços menos significativos: Utilização da Capacidade (1,4%), Faturamento (1,5%), Horas Trabalhadas na Produção (2%) e Compras de Insumos e Matérias-primas (5,3%).
Nessa base de comparação, dos 17 setores industriais pesquisados, Material Eletrônico e de Comunicação (27,2%), Veículos Automotores (23,2%), Máquinas e Equipamentos (21,8%), Produtos Têxteis (10,8%), Couro e Calçados (8,7%) e Móveis (8,6%) aceleraram acima da média. No outro extremo, com resultados negativos, Refino de Petróleo (-22,1%), Produtos de Fumo (-13,3%) e Metalurgia Básica (-7,4%) pontuaram as perdas.