Pimentel promete desonerar setores que mais sofrem com dólar barato

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Para enfrentar o dólar barato, o governo apostará em desonerações e no investimento em pesquisa e inovação, afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que tomou posse ontem. Segundo ele, o governo agirá de forma diferenciada por setor da economia para combater o câmbio valorizado, que desestimula as exportações. Na avaliação do novo ministro, cada setor reage de forma distinta à determinada taxa de câmbio. “O câmbio flutuante não funciona como um navio que sobe e desce conforme as ondas, mas como uma porção de patinhos espalhados na mesma onda. Com uma mesma taxa [de câmbio], há setores que reagem bem e mal”, comparou.

De acordo com Pimentel, as desonerações setoriais ajudam determinados ramos da economia a superar as dificuldades no curto prazo. “Com uma desoneração, de alguma forma, o peso do patinho é retirado e ele sobe mais rápido”, explicou seguindo a metáfora dos patinhos na onda. No longo prazo, ressaltou, somente a melhoria da produtividade é capaz de fazer frente ao dólar barato. “A gente pode pôr um motor no patinho para ele nadar ao investir em competitividade e inovação".
Segundo o ministro, a presidenta Dilma Rousseff exigiu discurso unificado da equipe econômica em relação ao câmbio e aos juros. Dessa forma, as declarações sobre esses temas ficarão centralizadas no ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Sobre a diminuição dos aportes para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Pimentel afirmou que a instituição continuará como o principal instrumento de “alavancagem” do desenvolvimento. Nos últimos dois anos, o banco recebeu cerca de R$ 235 bilhões do Tesouro Nacional e não deve receber mais injeções de recursos, conforme o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou em dezembro.

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