A indústria gaúcha voltou a crescer após três meses de queda. A atividade do setor aumentou 2,3% em novembro, sem os efeitos sazonais, em relação a outubro, e compensou as perdas anteriores. “Com o incremento da renda e do crédito, o mercado interno segue sendo o propulsor da economia. A expansão do investimento no País também tem sido um fator importante”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), nessa quarta-feira (5).
Das seis variáveis que compõem o IDI-RS, quatro registraram avanços em novembro diante de outubro: Compras (7,3%), Horas Trabalhadas na Produção (1,5%), Massa Salarial (0,5%) e Utilização da Capacidade Instalada (0,3%). Duas permaneceram quase inalteradas: Faturamento (-0,1%) e Emprego (-0,1%). De acordo com Tigre, para que o resultado positivo seja contínuo e ascendente, há muitos obstáculos importantes a serem superados, tais como a elevada carga tributária, a valorização do câmbio, a retração na demanda externa e a falta de mão de obra qualificada.
Quando novembro é comparado com o mesmo mês de 2009, o IDI-RS apresenta uma majoração de 8,5%. Todos os indicadores, tanto os de produção quanto de mercado de trabalho, tiveram aumentos: Compras de Insumos e Matérias-primas (19,8%), Massa Salarial (9,6%), Faturamento (7,8%), Horas Trabalhadas na Produção (5,3%), Emprego (5,1%) e Utilização da Capacidade Instalada (1,3%).
Nessa base de comparação, dos 17 setores industriais pesquisados, Material Eletrônico e de Comunicação (28,6%), Veículos Automotores (27,4%), Refino de Petróleo (21,3%), Máquinas e Equipamentos (12%), Produtos de Metal (10,7%) e Couro e Calçados (8,6%) aceleraram acima da média. No outro extremo, com resultados negativos, Produtos de Fumo (-12,7%), Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (-4,3%), Edição, Impressão e Reprodução de Gravações (-2,8%) e Vestuário e Acessórios (-1,9%) pontuaram as perdas.