BC adota medida para combater especulação

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As instituições financeiras terão que recolher ao Banco Central (BC) 60% sobre o valor da posição de câmbio vendida que exceder US$ 3 bilhões ou o montante equivalente ao patrimônio de referência do banco. A medida tem o objetivo de ajudar a conter a queda do dólar. Segundo o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, com a mudança, a tendência é que a cotação do dólar aumente. “A princípio [a medida] vai gerar alguma demanda por dólar, o que tende a fazer com que a cotação suba”, disse em entrevista coletiva.

Esse depósito compulsório, recursos que os bancos são obrigados a depositar no BC, será recolhido em espécie e não será remunerado. Segundo BC, as instituições terão 90 dias para se adequar à nova regra. “Com a medida, o Banco Central visa a melhorar o funcionamento do mercado de câmbio à vista e reduzir as posições vendidas do sistema que em dezembro de 2010 alcançaram o valor de US$ 16,8 bilhões”, diz nota divulgada pelo BC.

As instituições financeiras poderão comprar US$ 6,8 bilhões, se não quiserem recolher recursos em espécie ao Banco Central (BC) sem receber remuneração. Com o aumento da procura pela moeda, o dólar deve se valorizar. “A princípio [a medida] vai gerar alguma demanda por dólar, o que tende a fazer com que a cotação suba”, disse o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes. O diretor enfatizou que se trata apenas de uma tendência, já que o mercado é muito complexo.

Segundo o BC, atualmente 35 instituições estão com posição vendida e 55, com posição comprada. De acordo com o diretor, não há nenhuma instituição em situação preocupante. “A gente está olhando o sistema como um todo. Não existe nenhuma instituição que esteja puxando a média”, afirmou. “O principal objetivo é de natureza prudencial. Não é bom que uma economia fique concentrada toda em um polo ou outro. A gente não consegue perceber qual será a taxa de câmbio futura”, acrescentou Mendes. De acordo com ele, a medida não tem “nenhum objetivo ligado à política monetária”. As instituições terão de dispor de reais para comprar o dólar, mas, como tem prazo para fazer isso, o efeito será diluído, marginal”, afirmou o diretor.


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