As exportações do agronegócio brasileiro foram recorde em 2010, com vendas que somaram US$ 76,4 bilhões. O valor é 18% maior do que o registrado em 2009 (US$ 64,7 bilhões) e supera em US$ 4,6 bilhões o recorde anterior, conquistado em 2008, de US$ 71,8 bilhões. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
As importações aumentaram 35,2%, passando de US$ 9,9 bilhões, em 2009, para US$ 13,4 bilhões em 2010. Com isso, a balança comercial do agronegócio registrou superávit de R$ 63 bilhões no ano passado, US$ 8,1 bilhões a mais do que em 2009. O resultado supera o saldo geral da balança comercial do país em 2010, que foi de cerca de R$ 20 bilhões.
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse que as exportações do agronegócio devem crescer pelo menos 10% este ano, superando os US$ 84 bilhões. “Pelo menos cresceremos 10%. Mas podemos chegar à média histórica dos últimos dez anos, de 14%”, afirmou durante coletiva à imprensa. O ministro disse que as vendas externas do setor em 2000 foram de US$ 20,7 bilhões, crescendo 270% em uma década.
Em 2010, os complexos soja, sucroalcooleiro e carnes tiveram as maiores participações nos US$ 76,4 bilhões em vendas, com 22%, 18% e 17,8%, respectivamente. Em relação aos mercados compradores dos produtos agropecuários nacionais, a União Europeia (US$ 20,4 bilhões), China (US$ 11 bilhões), os Estados Unidos (US$ 5,4 bilhões) e a Rússia (US$ 4 bilhões) apresentaram os maiores volumes importados. Rossi disse que os resultados positivos nas exportações mostram a firmeza do produtor brasileiro. “Foram conquistados apesar das consequências do câmbio. E mostra que somos capazes de sair da fazenda com um produto de altíssima qualidade e enfrentar o mercado, mesmo com barreiras”.