Agricultura familiar movimenta economia

Case IH e Meta Agrícola entregam 50 tratores a agricultores beneficiados pelo programa Mais Alimentos

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O programa que ajudou a sustentar a economia brasileira durante a crise e já beneficiou centenas de milhares de famílias em todo o Brasil entra em uma nova fase. O Mais Alimentos pretende atender há mais 300 mil famílias que sobrevivem da agricultura familiar. Na manhã de sexta-feira (04) a Case IH e a Meta Agrícola entregaram 50 tratores a produtores rurais da região beneficiados pelo pelas linhas de crédito especiais. A entrega contou com a presença do secretário de agricultura familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller e do coordenador do programa, Hercílio Matos.

A entrega foi marcada pelo otimismo de agricultores, representantes do governo federal e da indústria metalúrgica em relação ao Mais Alimentos. Leomar Martini, agricultor de Nova Alvorada, foi um dos beneficiados. Na propriedade de 13 hectares, a produção de frangos, leite, soja e milho é a responsável pela renda dele e da esposa. O novo equipamento facilitará as tarefas diárias do casal. “Já tinha um trator comprado em 2001. Sem o programa ficaria difícil pagar os juros. Não teria condições de comprar esse novo”, conta. O Mais Alimentos tem uma linha de crédito de até R$ 130 mil, que podem ser pagos em até dez anos, com até três anos de carência e juro de 2% ao ano. O trator adquirido por Martini será útil principalmente para a produção de silagem para a alimentação do gado leiteiro.

Sucesso

O programa iniciou com prazo determinado para acabar. No entanto, o sucesso faz com que ele persista. Conforme o secretário de agricultura familiar do MDA, Laudemir Müller, o programa já investiu mais de R$ 4,5 bilhões na agricultura familiar. Em todo o país o número de tratores financiados está perto da marca dos 40 mil. Para ele, o problema de endividamento dos agricultores também está sendo superado, impulsionado pelos preços do mercado e pelo aumento da produção.

Conforme Müller o fator de sucesso do programa não é só o financiamento de novos equipamentos, mas tudo que envolve. “Temos uma política de produção de crédito, assistência técnica pra quem toma crédito, seguro agrícola para quem planta e não colhe e política de comercialização pra quem plantar e colhe”, esclarece. Só no Rio Grande do Sul os investimentos do Mais Alimentos devem chegar a R$ 1,2 bilhão neste ano. “Temos confiança no empresariado, na indústria e na tecnologia nacional, que geram empregos”, pontua.

Para a indústria

O diretor comercial da Case IH no Brasil, César di Luca, explica que a empresa vendia apenas tratores acima de 120cv no Brasil e na América Latina. “Desde 2008 traçamos uma estratégia para entrar no segmento do pequeno produtor e lançamos o Farmall 80 e 95. No início eles eram importados e em 2010 nacionalizamos a produção”, relata. Em 2010, 80% das vendas do Farmall 80 foram por meio do Mais Alimentos. Os 50 tratores entregues em Passo Fundo são deste modelo.

 Aumento da produção

O coordenador do programa, Hercílio Matos, destaca que apenas no primeiro ano do programa a produção de alimentos foi ampliada em 7,8 milhões de toneladas. “O balanço é muito bom, mas precisamos fazer mais, avançar mais. Essa é a orientação que a presidente Dilma passou para o nosso ministro. O Mais Alimentos pode ser o grande instrumento de combater a pobreza do Brasil com a inclusão social produtiva, permitir que o agricultor pequeno possa crescer e se desenvolver com forças próprias”, acredita.

Mais Alimentos África

O fortalecimento do Mais Alimentos no mercado interno, foi responsável pelo início dos diálogos com países africanos.  Dois países do continente já assinaram um termo de cooperação técnica para a implantação do programa. O Zimbábue aderiu ao acordo na quinta-feira, além de Gana que já integrava a iniciativa. A previsão é levar para esses países toda a estratégia do programa que além da tecnologia dos produtos, tem assistência técnica, extensão rural, política de comercialização de produção e garantia de preço.

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