A produção da agroindústria brasileira cresceu 4,7% em 2010. O dado, divulgado hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que, embora o desempenho do setor tenha ficado abaixo do relativo à indústria geral, que teve aumento de 10,5% no mesmo período, houve uma recuperação da queda de 4,8% observada em 2009. A expansão em 2010 é a maior desde 2007, quando a agroindústria nacional cresceu 5%.
Segundo o IBGE o setor de produtos industriais derivados da agricultura cresceu 3,6%, com resultados positivos em seis dos oito subsetores pesquisados. Os derivados da cana-de-açúcar avançaram 8,1%, por causa da maior produção de açúcar cristal (11,5%), impulsionada pelas exportações, e de álcool (4,2%), fruto da expansão da frota de veículos bicombustíveis.
Também houve aumento nos derivados da soja (10,7%), do trigo (2,6%) e do milho (1,0%), puxados pelo crescimento da safra, além da laranja (10,0%) e da celulose (2,0%). As pressões negativas vieram de arroz (-4,7%), com redução na safra em função do excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, maior estado produtor, e de fumo (-8,1%).
O setor dos produtos industriais utilizados pela agricultura avançou 12,5%, impulsionado pela maior fabricação de máquinas e equipamentos agrícolas (32,7%) e adubos e fertilizantes (2,7%).
O setor de produtos industriais derivados da pecuária cresceu 0,9%. Os derivados de aves aumentaram 2,9%, devido à demanda interna e ao incremento das exportações. Já os derivados da pecuária bovina e suína recuaram (-0,8%), fruto da queda nas exportações de suínos. A produção de leite caiu (-1,2%), enquanto a de couros e peles cresceu 5,2%.
O setor produtos industriais utilizados pela pecuária avançou 5,0%, influenciado pelo crescimento do grupamento de rações e suplementos vitamínicos (8,2%), de maior peso no segmento, já que o grupo de produtos veterinários registrou queda (-8,5%).
Ao longo de 2010, o IBGE verificou que, após obter resultados positivos nos três primeiros trimestres (5,2%, 6,6% e 7,3%, respectivamente), a agroindústria desacelerou no final do ano, fechando o último trimestre com queda (-0,8%).
Agência Brasil