A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) promoveu ontem palestra-almoço para seus associados e comunidade. O evento foi realizado no clube Comercial e teve como convidado o diretor-presidente da Laticínios Bom Gosto, Wilson Zanatta.
A palestra foi focada na tomada de decisões, aperfeiçoamento das empresas e visão de futuro. Zanatta teve como objetivo passar para os empresários que eles têm um papel a desempenhar junto à comunidade, e não somente em benefício próprio. É através de cada empresa que a sociedade tem a oportunidade de aumentar o emprego e a renda. “A função do empresário não é só pensar no pessoal, mas no segmento onde ele atua”, frisa.
Um dos passos mais importantes para o crescimento da empresa, foi o da estratégia de profissionais. Foram buscados executivos preparados em todo o país, para auxiliar na informação e recursos. Afinal, sem a parte financeira a empresa não consegue se desenvolver. Há 17 anos Zanatta já trabalha no setor. “Somente em 2001 é que começamos a profissionalizar a empresa. Através disso organizamos os balanços, buscamos recursos no mercado de capitais e tomamos atitudes ousadas e inovadoras”, ressalta.
Um exemplo é a fusão entre Bom Gosto e a LeitBom, que formarão a LBR. “Com certeza esse foi um grande lance. Mostramos que a empresa está acreditando no segmento e preparada para abrir capital e se tornar global”, destaca. Há pouco mais de 80 dias da fusão, ainda estão sendo preparados o quadro e cronograma da nova empresa.
Quanto ao setor leiteiro, Zanatta analisa que ele está crescendo a cada ano, e especialmente no Brasil. Até hoje, em nenhuma época ele teve queda. “O crescimento é constante em mais de 3% ao ano”, destaca. Com o aumento do consumo de lácteos e de renda nos países emergentes, é necessário ampliar a produção. Em 2050 se calcula que a quantidade de alimentos consumidos no mundo dobre. “Produzir alimentos não é fácil, e leite é mais difícil ainda. Envolve mão de obra, trabalho o dia todo e isso complica. O papel do leite no mercado é crescer e o setor vai ter que encontrar o seu espaço, como foi feito com a carne”, avalia.
Em Passo Fundo não é diferente. Com indústrias, apoio de tecnologia, com da Embrapa e instituições de ensino, a qualidade só tende a melhorar. “Quando eu vim para cá não tínhamos nem mesmo matriz. Hoje temos vacas vindas do Uruguai”, conclui.