Leonardo Andreoli/ON
Os produtores de soja da região estão em uma luta contra o tempo. As chuvas da última semana atrasaram a colheita. Em função disso algumas lavouras passaram do ponto. Isso resulta em perdas na hora de retirar o grão do campo. As vagens muito secas se abrem com a passagem das máquinas e causam diminuição da produção. O engenheiro agrônomo da Emater Regional de Passo Fundo, Cláudio Dóro, destaca que até agora já foi retirada do campo 60% da soja plantada. A previsão é de que até o dia 20 tudo esteja colhido. A produtividade, assim como a qualidade do grão, continua sendo destaque no campo. A média é de 50 a 60 sacas por hectare.
Nos 150 hectares de soja plantados pelo produtor Claudino Nadal a média de produtividade segue a de outras propriedades, 50 sacas por ha. Segundo ele nenhuma das áreas plantadas passou do ponto de colheita até o momento. No entanto ele não pretende perde tempo e deve concluir o trabalho até o próximo domingo.
Atraso
A chuva atrasou a colheita e algumas lavouras passaram do ponto. Dóro explica que isso resulta em vagens mais secas que se abrem com mais facilidade. “Quando a máquina bate na planta as vagens se abrem e os grãos caem e não podem ser recolhidos”, acrescenta. No sábado a colheita foi retomada com a umidade entre 27% e 28%. Hoje, com o tempo um pouco mais seco, a umidade deve ser de 14%.
A chuva da madrugada de terça-feira não chegou a influenciar na colheita. O céu aberto e o vento pela manhã de ontem permitiram que o trabalho fosse retomado à tarde. Para não perder tempo, os produtores avançam a colheita pela noite para retirar o grão do campo o mais rápido possível. A região tem 816 mil hectares plantados. Ainda falta colher 330 mil ha aproximadamente.
Solo
O grande volume de chuva registrado na semana passada não prejudicou o solo de maneira significativa na região. Conforme Dóro, as plantas que ainda estão no campo protegem o solo da agressão. Já nas lavouras colhidas esse papel é desempenhado pela palha que ainda está sobre o solo.
