O caminho para a exportação não é tão complicado quanto muitas pessoas imaginam. No entanto uma série de exigências e trâmites legais precisa ser observada por quem deseja entrar nesse mercado. Para esclarecer esses passos o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou na manhã de ontem a 40ª edição do Seminário do Agronegócio para Exportação (AgroEx). A palestra de abertura do evento foi proferida pelo diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio (DPI) do Mapa, Marcelo Junqueira Ferraz.
Durante a explanação Ferraz apresentou a evolução do agronegócio brasileiro para embasar as justificativas favoráveis a exportação neste segmento. “O agronegócio no ano passado teve um superávit de US$ 63 bilhões de dólares. O superávit nacional incluindo todo nosso comércio teve um superávit de US$ 20 bilhões”, comparou. Ferraz ainda salientou que o modelo de agricultura praticado no Brasil é sustentável e um dos mais competitivos do planeta. “O Brasil tem 55% de sua cobertura vegetal original. As pessoas acham que esse dado é errado, mas é verdadeiro. A Amazônia brasileira tem mais da metade do território do país e está muito mais preservada do que se pode imaginar em função do que se ouve na mídia”, argumentou.
O país também é o terceiro maior produtor orgânico do planeta em termos de área plantada. “Temos 1,7 milhão de hectares plantados com agricultura orgânica”, enumerou. O Brasil contribui ainda com tecnologia de baixa emissão de carbono na agricultura.
Diferenciais
A valorização do produto com uso da indicação geográfica na agropecuária foi uma das alternativas apresentadas pela segunda palestrante do dia, Ana Lúcia dos Santos Stepan. Ela esclareceu que existem nichos de mercado que podem ser acessados inclusive por empresas menores. Para isso é preciso agregar qualidade diferenciada aos produtos, além de se criar uma identidade geográfica a exemplo de produtos que fazem sucesso internacionalmente e são caracterizados pelo local de origem.
