A atividade industrial gaúcha teve uma queda de 0,4% em maio, na comparação com abril, descontados os efeitos sazonais. Foi a terceira desaceleração em cinco meses. “O resultado expõe as dificuldades do setor em superar os principais entraves. Entre eles, a valorização cambial, os elevados juros e a escassez de mão de obra qualificada”, explicou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, nesta terça-feira (5), ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS).
As Horas Trabalhadas na Produção e o Faturamento foram os responsáveis por puxar o índice para baixo, com quedas de 0,9% e 0,1%, respectivamente. As demais variáveis tiveram resultados positivos e modestos em maio, ante abril: Massa Salarial (1,9%), Compras Totais (0,8%), Utilização da Capacidade Instalada (0,6%) e Emprego (0,3%).
Quando maio é relacionado com o mesmo mês de 2010, o IDI-RS apresenta uma elevação de 3,1%. Os setores que registraram maior crescimento foram Veículos Automotores (15%), Refino de Petróleo (14,8%) e Produtos Químicos (10,7%). As retrações mais significativas vieram de Produtos Têxteis (-10,2%), Tabaco (-7,1%) e Máquinas e Equipamentos (-5,1%)
O Índice de Desempenho Industrial é divulgado pela FIERGS mensalmente, baseado nos indicadores Faturamento, Horas Trabalhadas na Produção, Emprego, Massa Salarial, Compras e Utilização da Capacidade Instalada