Espaço da Emater na Expointer resgata valores e reconhece saberes

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A Expointer é conhecida como a exposição que concentra não só as modernas tecnologias, máquinas e o que há de melhor em genética animal, mas também por proporcionar aos pequenos agricultores espaços de conhecimento, troca de saberes e valores. E é isto que o visitante da maior feira do Rio Grande do Sul vai encontrar no espaço Caminhos da Integração durante a Expointer, evento que ocorre de 27 de agosto a 04 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Neste ano a Emater e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul vão ter como slogan no Caminhos da Integração “Resgatando valores e reconhecendo saberes”. Numa área de 8.000 m² as entidades querem destacar os valores antigos passados de geração em geração e os conhecimentos dos povos, que são a base da agroecologia. “A intenção é valorizar as práticas e ações que levem a uma convivência sustentável entre a produção e o consumo, respeitando a história, valores e costumes”, afirma o coordenador do espaço, Volnei Leitzke.

Ao longo das 26 áreas temáticas que compõe o espaço, serão apresentadas atividades relacionadas às propriedades rurais do Estado, que procurarão evidenciar aos agricultores a importância da sustentabilidade nos aspectos econômico, social e ambiental. Ao público urbano, mostrará o valor do rural como produtor de alimentos, de matérias-primas utilizadas pelo setor agroindustrial e seu valor na conservação ambiental quando respeitados os fundamentos da agroecologia.

Como novidade neste ano, quem for ao espaço vai ver a produção das mudas de olerícolas em estufas e o crescimento delas em uma lavoura irrigada que receberá os três sistemas existentes: irrigação por gotejamento, microaspersão e aspersão convencional. Medidas ecológicas e simples, com baixo custo e resultado eficiente no controle de doenças e pragas de hortigranjeiros também serão mostradas. O hortigranjeiro colhido na horta comercial vai para o espaço da feira, que contará também com peixes provenientes de policultivo de carpas. E na casa do agricultor, quem veio do campo vai demonstrar a elaboração de receitas. “A intenção é promover uma reflexão de que a agroindustrialização nasce nas cozinhas das propriedades rurais e que traz consigo o sabor, a tradição e os conhecimentos passados de geração em geração por diferentes culturas”, avalia Letzke.

Outra atividade que ganha mais espaço e destaque nesta edição é a Biodiversidade. No local, estará em evidência o trabalho rural do agricultor e de preservação dos centros ambientais e a relação de preservação de espécies de grãos e tubérculos e o uso de plantas medicinais, aromáticas e condimentares. Esta ação representa a segurança e soberania alimentar, a valorização dos conhecimentos e tradições, bem como a geração de renda .

Além disto, o reconhecimento dos saberes também representa homenagem aos extensionistas que completam 30 anos de trabalho dedicados a Extensão Rural e seus projetos em 2011. Em um túnel, será montada uma mostra fotográfica, de vídeo e áudio e de objetos que tinham como finalidade auxiliar o trabalho do extensionista durante aquela iniciativa, como a moto e o fusca amarelos. Quem passar no local vai ouvir depoimentos de pessoas que foram beneficiadas pelo projeto e extensionistas que executaram as ações.

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