Os aumentos nos preços dos alimentos e de serviços, como colégios e empregados domésticos, foram duas das principais influências para a alta da inflação nos últimos 12 meses. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em setembro, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 7,31%, a maior desde maio de 2005, que havia sido 8,05%.
Apenas neste ano, os alimentos acumulam alta de 4,17%. Desde janeiro, por exemplo, as carnes apresentam aumento de preços de 12,53%; o frango, de 11,78%; e o açúcar refinado, de 20,95%. Os serviços também tiveram altas consideráveis, como é o caso dos colégios (8,09%), aluguéis (8,47%), empregados domésticos (8,65%) e médicos (7,87%).
“Os serviços, em geral, têm uma influência forte da renda. Quanto maiores a renda e a disponibilidade de emprego, mais espaço têm os serviços para aumentarem e ficarem mais caros”, destacou a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
Os transportes também têm tido forte impacto sobre a inflação neste ano, com alta de 5,53%. Entre os combustíveis, que contribuem para o aumento de preços na categoria, a gasolina registrou taxa acumulada de 6,69% e o etanol, de 13,85%.
A inflação acumulada em 12 meses pelo IPCA está bem acima da meta estipulada pelo governo para a inflação oficial este ano e em 2012, cujo centro é 4,5%, com limite inferior de 2,5% e teto de 6,5%.
Em setembro, o IPCA registrou variação de 0,53%. Entre janeiro e setembro deste ano, a taxa acumulada chega a 4,97%.