Produtores têm 20% da soja comercializada no mercado futuro

Valorização do grão no momento de efetivação dos contratos foi atrativo que garantiu a rentabilidade das lavouras

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Cerca de 20% da produção de soja da próxima safra já está comercializada. O bom preço do grão estimulou os produtores a fecharem contratos no mercado futuro. Quem não aproveitou o bom momento da cotação para fechar negócios, espera uma recuperação da commodity.  A baixa na Bolsa de Chicago e a alta do Dólar têm desacelerado o mercado. Mesmo assim, a expectativa é de aumento das exportações da próxima safra.

No mesmo período de 2010 apenas 5% da produção estava garantida para venda no mercado futuro conforme explica o corretor da Agroinvvesti João Pedro Corazza. “A área a ser plantada está praticamente certa. Como caiu Chicago e o dólar subiu, baixou um pouco a cotação e travou o mercado. O produtor antes via preço na casa dos R$ 50, R$ 51 até R$ 52 para entregar na safra, hoje a cotação está na casa de R$ 47,50 e R$ 48,50. Quem não vendeu está esperando ver se volta naqueles patamares o preço para tentar travar mais alguma coisa”, reforça Corazza.

Outro fator que beneficiou os produtores foi a baixa cotação do Dólar no momento de planejar a lavoura. “A melhor operação foi ter comprado insumo com dólar baixo na casa de R$ 1,50 ou R$ 1,60 e ter vendido grão para entregar na safra com o dólar alto. Quem fez essa operação, casou a compra do insumo e vendeu a produção tem uma rentabilidade maior”, avalia.

Estoques
Os estoques mundiais de soja, conforme o último relatório do USDA, estão em 63 milhões de toneladas. “É um pouco a mais do que o mercado estava esperando. Com a inflação na China e a crise nos países europeus, diminuiu um pouco a demanda internacional pelo grão. Mas a expectativa dos principais analistas comerciais é de que no próximo ano comercial, na safra de 2012, a China possa importar 6 milhões de toneladas a mais de grão”, observa Corazza. Entre os motivos da expectativa de aumento da importação chinesa é o fato de o país ter tirado 300 milhões de pessoas da linha da pobreza e o consequente aumento no consumo de alimentos. No Estado, entre 15% a 20% da safra ainda estão nos estoques. Segundo Corazza o volume é considerado normal.

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