A projeção de analistas do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2012, caiu pela quinta semana consecutiva. Desta vez, a estimativa passou de 5,56% para 5,55%. Para 2011, a projeção foi mantida em 6,48%, quase no limite superior da meta de inflação (6,5%). O centro da meta é 4,5%. Essas projeções estão no boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC), elaborada com base em estimativas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.
O principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação são as alterações na taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 11,5% ao ano. Os analistas continuam esperando por mais uma redução de 0,5 ponto percentual na última reunião de 2011 do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, marcada para os dias 29 e 30 deste mês. Para o final de 2012, foi mantida a expectativa de que a Selic ficará em 10% ao ano.
A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que subiu de 5,58% para 5,59%, neste ano, e de 5,11% para 5,14%, em 2012. A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), em 2011, foi mantida em 5,73%, e passou de 5,19% para 5,20%, no próximo ano. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), neste ano, a projeção permanece em 5,75%. No caso de 2012, a previsão passou de 5,26% para 5,29%.
A estimativa dos analistas para os preços administrados foi mantida em 6%, neste ano, e em 4,5%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo.