Não são muito animadoras as perspectivas da indústria gaúcha quanto à saída do atual ciclo de desaquecimento e à retomada do crescimento. Segundo levantamento da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) em dezembro, os empresários seguem pouco confiantes e não esperam alteração significativa no cenário econômico desfavorável no curto prazo e, portanto, a atividade deve manter-se fraca no primeiro semestre de 2012. “As medidas de estímulo à economia anunciadas pelo governo, a desvalorização cambial e o afrouxamento da política monetária não foram suficientes para reverter esse sentimento, que deve resultar em pouca disposição para novos investimentos e contratações”, avaliou o presidente da entidade, Heitor José Müller, nesta segunda-feira (26).
De acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS) da Fiergs, 35,2% dos entrevistados disseram que as condições da economia brasileira nos últimos meses do ano foram ruins e, apenas 9,4% indicaram uma melhora. Os demais não perceberam alteração no cenário de dificuldades. Desta forma, o indicador da situação atual atingiu apenas 45,3 pontos.
Também é cada vez menor a proporção de empresários gaúchos que acreditam em uma futura melhora nos negócios e na economia. Para 54,5% deles, a situação desfavorável deve continuar igual no primeiro semestre de 2012, enquanto 20,2% apostam em uma piora. Os otimistas somaram 25,3%.
Baseado em questões referentes às condições atuais e às expectativas para os próximos seis meses com relação à própria empresa e à economia brasileira e do Estado, o ICEI-RS totalizou 51,8 pontos no último mês do ano. O resultado mais baixo desde julho de 2009. A confiança do industrial gaúcho também ficou menor em relação à do brasileiro (54,8 pontos).
Elaborado mensalmente pela Fiergs, o ICEI-RS varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima 50 pontos significa otimismo e quanto mais abaixo, pessimismo.