Os benefícios previdenciários que estão acima do valor do novo salário mínimo de R$ 622 serão reajustados em 6,08%, informou o Ministério da Previdência. A portaria com os novos valores deve ser publicada nessa semana, no Diário Oficial da União. O reajuste é referente à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2011, que foi divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O aumento é inferior ao que esperavam os aposentados e pensionistas, que reivindicavam reajuste em torno de 12% para os cerca de 9 milhões de beneficiários do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) que recebem acima de um salário mínimo. Com isso, o governo federal vetou reajuste real acima da inflação. Com o percentual exigido pelos beneficiários, a despesa adicional do governo ficaria em cerca de R$ 8 bilhões.
O impacto líquido na folha de pagamentos da Previdência, com o reajuste, incluindo os benefícios que estão acima do piso previdenciário, será R$ 7,6 bilhões, segundo nota divulgada pelo Ministério da Previdência. Já o aumento para quem recebe até um salário mínimo representará R$ 14,8 milhões a mais nos cofres públicos. Cerca de 19 milhões de segurados do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) estão nessa categoria. O reajuste do salário mínimo vai beneficiar 311 mil aposentados e pensionistas que, em 2011, recebiam um pouco mais que o mínimo e ficavam de fora do piso previdenciário. O ganho real se estenderá até 2015, segundo o ministério.