Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) esperam por uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para terça (17) e quarta-feira (18). Atualmente, a taxa está em 11% ao ano. Para o fim de 2012, a expectativa é 9,5% ao ano, há cinco semanas. No final do próximo ano, a previsão é de 10,25% ao ano. Essas projeções estão no boletim Focus, publicação semanal do BC elaborada com base em estimativas de analistas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.
Segundo analistas, o agravamento da crise externa e, por consequência, a perspectiva de menor crescimento econômico, são os fatores que devem levar o Copom a reduzir mais uma vez a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual. Nas reuniões de agosto, outubro e novembro do ano passado, o BC reduziu a Selic nesse patamar.
O Copom reduz a Selic para estimular a atividade econômica. No sentido oposto, a Selic é elevada quando a autoridade monetária avalia que a economia está muito aquecida, com elevação dos preços. Então, o Copom sobe a taxa para incentivar a poupança, desestimular o consumo e segurar a inflação.
De acordo com as previsões do Focus desta segunda-feira (16), a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2012, caiu pela sétima semana seguida, ao passar de 5,31% para 5,30%. Para 2013, a expectativa foi mantida em 5%. Essas projeções estão acima do centro da meta de 4,5%, mas abaixo do limite superior de 6,5%.
A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 5,26% para 5,24%, neste ano, e ficou em 4,70%, em 2013.
A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi ajustada de 5% para 4,99%, este ano, e ficou em 4,9%, em 2013. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a alteração foi de 5,07% para 5,01%. No próximo ano, a expectativa para o índice passou de 4,92% para 4,94%.
A estimativa dos analistas para os preços administrados foi alterada de 4,5% para 4,2%, em 2012, e ficou em 4,5%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo.
Fonte:
Agência Brasil