Excesso de calor prejudica floração da soja

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A falta de chuvas e as altas temperaturas registradas começam a causar danos mais severos às lavouras de soja no Rio Grande do Sul. O excesso de calor afeta a floração, provocando o abortamento das flores e prejudica a qualidade do grão, causando o efeito do "grão esverdeado". A informação consta do mais recente Informativo Conjuntural, da Emater/RS. Segundo o levantamento, a morte prematura da planta, por estresse hídrico ou qualquer outro fator, acaba forçando o processo de maturação das sementes da oleaginosa. Com isso, ao invés de amarelarem, as sementes são colhidas ainda verdes, com altos índices de clorofila, o que afeta seu potencial de vigor e germinação como semente e o rendimento industrial na obtenção de óleo.

Uma amostra de grãos de soja coletada em uma lavoura de Ijuí e analisada na Unidade de Classificação da Emater/RS-Ascar apresentou resultados preocupantes em termos de qualidade, resultando em 15% de umidade, 35% de grãos verdes, 5% de grãos chochos e imaturos e 4,5% de grãos danificados. Com isso, além de uma redução considerável em termos de produção, o produtor poderá enfrentar problemas para comercializar o pouco que conseguir colher.

Milho
Por outro lado, a colheita do milho alcança 30% da área cultivada no Estado, com os rendimentos oscilando conforme as chuvas acumuladas ao longo da evolução das lavouras. Nas áreas beneficiadas pelas precipitações, a produtividade tem alcançado patamares acima dos 6 mil kg/ha. Entretanto, esses rendimentos são exceção. Na maioria dos casos, o resultado obtido pelos produtores situa-se entre 2 mil e 3 mil kg/ha. Áreas com produtividades abaixo desse patamar são, geralmente, direcionadas para a produção de silagem. Quanto à evolução da cultura do milho, a baixa umidade no solo e as altas temperaturas estão afetando o desenvolvimento das lavouras.

Pastagens
A ocorrência de chuvas em alguns municípios gaúchos favoreceu a recuperação, embora parcial, das aguadas e de outros reservatórios de água, assim como beneficiou o desenvolvimento das espécies forrageiras nativas e cultivadas e das lavouras de milho e sorgo, destinadas para a produção de feno e silagem. Na região de Bagé, houve melhora significativa das pastagens cultivadas de verão e do campo nativo.


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