Os itens alimentícios ajudaram a frear a velocidade de alta do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa passou de 0,3% para 0,27%, na terceira prévia de fevereiro, período entre o início da atual quinzena até o último dia 22.
A pesquisa feita em sete capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Brasília e Porto Alegre) passou por modificações, a partir deste mês. Com isso, o grupo alimentação teve o peso sobre o cálculo inflacionário diminuído em 5 pontos percentuais. Mas, ainda assim, os alimentos colaboraram para minimizar o impacto dos acréscimos constatados em quatro dos oito grupos pesquisados. Os alimentos apresentaram queda de 0,09%, puxada pelas hortaliças e legumes (de 0,66% para -2,75%).
Em vestuário, também ocorreu variação negativa (-0,14%), mas com movimento de retomada dos preços e a indicação de que as liquidações da moda primavera/verão estão chegando ao fim. Na pesquisa anterior, esse grupo havia apresentado deflação de 0,42%. A maior taxa continuou sendo registrada no grupo educação, leitura e recreação (1,01%). No entanto, houve um decréscimo, comparada à da apuração passada (1,69%). Em despesas diversas, o IPC-S teve decréscimo de 0,5% para 0,3%, e, em comunicação, de 0,25% para 0,14%.
Já em saúde e cuidados pessoais, a taxa passou de 0,39% para 0,58%. Em transportes, ocorreu alta de 0,28% para 0,3% e, em habitação, de 0,28% para 0,31%. As maiores influências de alta vieram da tarifa de ônibus urbano (de 1,91% para 1,44%); do curso de ensino superior (de 3,02% para 2,04%); refeições em bares e restaurantes (de 0,37% para 0,38%); aluguel residencial (de 0,56% para 0,49%) e plano e seguro-saúde (que mantiveram a taxa em 0,54%).