Intenção de consumo tem queda

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O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), pesquisa mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgada ontem, registrou em março queda de 3,8%, situando-se em 135,6 pontos, na comparação com o mês anterior. Na comparação anual, no entanto, o ICF apresentou variação positiva de 0,9%, o que, segundo a pesquisa, mostra uma visão otimista em relação ao futuro da economia. De acordo com o economista Bruno Fernandes, da CNC, o recuo observado em março, em comparação a fevereiro, indica que as famílias mantêm sua disposição ao consumo, “mas estão mais cautelosas, evitando  euforia”. Para ele, essa cautela reflete a preocupação com os gastos. “O ponto principal é o próprio nível de endividamento das famílias. Isso faz com que elas tenham mais cautela em relação ao consumo. A taxa de inadimplência vem crescendo desde o segundo semestre de 2011, mas a gente percebe que as famílias ainda têm condições de continuar gastando”.

Para Fernandes, a segurança no emprego é fator primordial para que, em uma perspectiva futura, as famílias continuem mantendo a intenção de consumo, principalmente em relação aos próximos meses. “A alta do salário mínimo também contribuiu para esse otimismo”, complementa Bruno Fernandes. A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias  é um indicador concebido pela CNC com a finalidade de medir a avaliação que os consumidores fazem dos aspectos importantes da condição de vida de suas famílias, como a capacidade de consumo atual e a curto prazo, o nível de renda doméstico, a segurança no emprego e a qualidade de consumo.

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