Os produtores gaúchos prosseguem com os trabalhos de colheita da soja, obtendo rendimentos abaixo do esperado e grãos de baixa qualidade. Nesta semana, a área colhida chegou aos 45% do total semeado, indicando ligeiro atraso em relação ao ano passado, porém, à frente da média dos últimos cinco anos. Outros 40% já se encontram prontos e aptos para a colheita.
Devido à má distribuição das chuvas no Estado, a situação das lavouras de soja é muito diversa. Em alguns casos, a situação é muito boa; em outros, há perda total. Em São Gabriel, Santana do Livramento e Santa Margarida do Sul, municípios localizados na fronteira oeste, a produtividade das áreas colhidas está entre 360 kg/ha e 720 kg/ha. Na região da campanha, a previsão de produtividade é um pouco mais otimista, devendo ficar entre 25 e 30 sacos/ha, com maiores perdas nas lavouras do cedo. Em Dom Pedrito, por exemplo, a produtividade deverá ficar em torno de 30 sacos/ha, principalmente devido às lavouras de várzea, que estão boas.
Com os produtores dando mais atenção à soja, a colheita do milho segue um pouco mais lenta nos últimos dias. Todavia, dado à situação atípica devido às consequências da estiagem, que adiantou a maturação de muitas lavouras, o percentual de área colhida nesta data já chega a 64%, o que representa 10 pontos à frente do ano passado e 11 na comparação com as últimas cinco safras.
O milho chamado de safrinha também está sofrendo com a falta de chuva. As lavouras plantadas no mês de janeiro apresentam um aspecto bastante ruim, pois foram severamente afetadas pela seca. Já o milho implantado com as últimas chuvas ocorridas no início de março - período considerado fora do prazo recomendado - está apresentando aspecto um pouco melhor. Entretanto, a perspectiva para essas lavouras é de produção de silagem ou simplesmente matéria verde para os animais, não impactando na produção de grãos.
Colheita da soja chega a 45% no estado
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