A entrada de dólares no país superou a saída em US$ 647 milhões este mês, até o dia 21, informou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. Em agosto, o fluxo ficou negativo em US$ 896 milhões. Em setembro, até o dia 21, o segmento financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) foi responsável pela entrada líquida de US$ 2,548 bilhões.
O fluxo comercial (operações relacionadas a exportações e importações) apresentou saída líquida (mais saída do que entrada) de US$ 1,901 bilhão.
De janeiro até 21 de setembro, a entrada líquida ficou em US$ 23,636 bilhões. No período de janeiro até setembro de 2011, a entrada líquida ficou em US$ 69,854 bilhões.
A entrada de dólares no país ocorre em momento de aumento da liquidez, recursos disponíveis no mercado internacional. Neste mês, por exemplo, o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) anunciou que comprará US$ 40 bilhões ao mês em títulos hipotecários até que a situação do emprego melhore no país. Ao comprar esses títulos, o BC americano injeta recursos na economia.
No último dia 21, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Brasil está disposto a comprar mais dólares para manter o real desvalorizado. Segundo ele, o governo pretende evitar uma apreciação da moeda brasileira provocada pela política de estímulo monetário dos Estados Unidos, reiterando o risco de uma "guerra de divisas". O governo quer manter o dólar mais alto para estimular as exportações brasileiras.
Agência Brasil