Mesmo que a indústria no Estado ainda não apresente sinais consistentes de crescimento, o empresário gaúcho mantém a expectativa de uma melhora nas condições econômicas atuais e futuras. A avaliação está no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS) de fevereiro, divulgado nesta terça-feira (26) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). O ICEI-RS alcançou 58,2 pontos, uma elevação de 2,3 em relação a janeiro e de 2,8 na comparação com o mesmo período de 2012.
A confiança é a maior em dois anos, o que indica uma percepção de aumento da atividade da indústria nos próximos meses. “Se a economia brasileira confirmar a evolução esperada e não houver nenhuma surpresa desagradável no cenário externo, a manutenção da confiança em um patamar moderado possibilitará uma recuperação gradual dos investimentos, condição necessária para uma retomada mais robusta do setor”, afirma o presidente da FIERGS, Heitor José Müller.
O ICEI-RS parte de dois indicadores: o Índice das Condições Atuais e o Índice de Expectativas (valores acima dos 50 pontos apontam condições melhores ou mais otimistas). No primeiro indicador, a avaliação dos empresários consultados foi positiva, e chegou a 51,1 pontos, o que demonstra que a situação melhorou nos últimos seis meses. O mesmo valeu para as suas empresas (53,4 pontos). No item que avalia as perspectivas para o próximo semestre, os empresários gaúchos demonstraram o maior otimismo desde abril de 2011, alcançando 61,7 pontos.
Para a economia brasileira, gaúcha e a própria empresa, os pesquisados também estão esperançosos em relação ao futuro. As três avaliações foram positivas, tendo chegado, respectivamente, a 56,7, 55,8 e 64,2 pontos. Para a economia brasileira nos próximos seis meses, 36% dos entrevistados responderam que estão otimistas. Apenas 11,3% não acreditam em um bom futuro.
A única avaliação negativa no levantamento realizado pela FIERGS esteve em dois itens do Índice de Condições Atuais. A economia brasileira alcançou somente 46,5 pontos, o que significa que a sua condição piorou nos últimos seis meses. Dos empresários consultados na pesquisa, 25,3% consideram que ocorreu uma piora. Apenas 13,3% concordam que houve uma melhora. Em relação à economia gaúcha, também existe certa apreensão, já que alcançou 45,6 sobre cem pontos possíveis.