As exportações do Estado somaram US$ 11,2 bilhões no primeiro semestre, representando um crescimento de 30,9% na comparação com o mesmo período de 2012. Este resultado está na contramão do total do Brasil, que apresentou uma contração de -2,4%. Um dos motivos desse forte aumento das vendas externas gaúchas foi o incremento de 70,1% nos embarques das commodities agrícolas devido à boa safra de grãos e à base de comparação deprimida, consequência da seca no ano passado.
Pelo lado da indústria, os embarques dos primeiros seis meses do ano atingiram US$ 8,24 bilhões, significando uma aceleração de 21,8%. O desempenho foi puxado pela venda de uma plataforma de petróleo e gás em junho, que totalizou US$ 1,627 bilhão. "Se a operação referente à plataforma de petróleo e gás for desconsiderada, as exportações da indústria gaúcha fechariam o primeiro semestre com queda de 2,2%, o que evidencia a permanência de um quadro de dificuldades para o segmento. A expectativa é de melhora ao longo do segundo semestre, na medida em que os novos contratos sejam fechados com uma taxa de câmbio mais desvalorizada, proporcionando uma maior rentabilidade”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao avaliar a balança comercial.
De um total de 25 segmentos industriais, 16 apresentaram elevação no valor exportado. Os expressivos resultados positivos ficaram por conta de Materiais de Transporte (16.430%), que enviou a plataforma de petróleo e gás para uma subsidiária da Petrobrás no Panamá; Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (10,7%), com o aumento nos pedidos da Argentina; enquanto Couro e Calçados cresceu seus embarques em 8,5%, a maioria para Alemanha (partes de calçados) e Hong Kong (couros e peles bovinos). Já as quedas acentuadas vieram de Máquinas e Equipamentos (-24%) e Produtos Alimentícios (-17,1%).
A China conquistou a primeira colocação entre os destinos dos produtos gaúchos. O país asiático subiu suas compras em 53,2%, com destaque para soja. O Panamá garantiu a segunda posição (10.967%), enquanto a Argentina ficou na terceira (11,8%).
Ainda no primeiro semestre, as importações totais cresceram 14,3%, totalizando US$ 7,91 bilhões, em relação ao mesmo período do ano passado. Bens de Capital apresentou o maior avanço (49,7%), o que pode sinalizar um novo ciclo de investimentos no Estado, seguido por Combustíveis e Lubrificantes (27%).
Junho – Quando apenas junho é avaliado, ante o mesmo mês de 2012, as exportações somaram US$ 3,62 bilhões, um incremento de 109,6%. Também influenciados pela venda da plataforma de petróleo e gás, os embarques industriais subiram 133,4%, totalizando US$ 2,87 bilhões. As importações atingiram US$ 1,36 bilhão, um crescimento de 7,6%.