A previsão do governo, ao autorizar o preço da gasolina na última sexta-feira (29) era gerar um impacto entre 2% a 2,5% na bomba dos postos de combustíveis, mas em Passo Fundo isso não se confirmou. A média de reajuste da gasolina no município chegou a 3,42%, sendo que o preço subiu até 6,31% sobre o preço praticado na última semana de novembro, segundo levantamento da AGP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Em um dos estabelecimentos pesquisados pelo Jornal O Nacional nesta segunda-feira (2), a gasolina estava sendo vendida a até R$ 3,04 o litro, um aumento de 5,5% em relação aos R$ 2,88 cobrados até sexta-feira.
Mas o maior reajuste apurado nos preços pesquisados pela reportagem foi de diesel, onde o valor do litro em um posto de combustível passou de R$ 2,2 para R$ 2,52, variação de 14,54%, mais que o dobro da média geral dos oito estabelecimentos pesquisados, onde o preço do combustível variou 7,89% entre sexta e sábado da semana passada.
Reajuste
O aumento nas bombas da cidade é um reflexo da elevação dos preços nas refinarias no país. A gasolina aumentou 4% e o diesel 8%, já atendendo aos princípios de uma nova política de preços da estatal pretende convergir os preços no Brasil com as referências internacionais. O último reajuste de preços da gasolina aconteceu em janeiro, de 6,6%. Para o diesel, foi o terceiro aumento, depois de 5,4% em janeiro e 5% em março.
Especulação
A estatal não divulgou uma expectativa do impacto do reajuste nos postos de combustíveis, mas o coordenador do escritório Sul da AGP, Edson Silva, explica que o índice de aumento da gasolina deveria ficar entre 2,5 a 2,7% e do diesel de 6% na bomba. Ele explica que não há impedimentos legais para os reajustes, já que os estabelecimentos são livres para estabelecer o preço de seus produtos. No entanto, Silva ressalta que existe o limite da razoabilidade. “Os preços são livres, mas isso é relativo, por que se o revendedor praticar o preço que ele quer, o mercado vai reagir”, alerta. Neste sentido, o coordenador alerta para o papel do consumidor de denunciar abusos e também de pesquisar pelo melhor preço antes de abastecer. “Se o consumidor não exercer sua cidadania vai alimentar a prática de quem está especulando com os preços. Sempre que são autorizados aumentos, eles testam para ver se cola”, explica.
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