Guerra de talentos no mercado de trabalho

um em cada três estudantes se candidata a mais de oito programas de trainee

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A chamada guerra de talentos está fazendo com que muitas empresas brasileiras apostem nos programas de trainee para atrair os bons profissionais do mercado de trabalho. A professora e pesquisadora do Ibmec/RJ, Lúcia Oliveira, com o apoio de Lahna Barbosa, bolsista PIBIC/CNPQ e aluna da graduação em Administração, desenvolveu uma pesquisa sobre a visão dos jovens sobre esse tipo de processo seletivo.

Na avaliação sobre a eficácia dos programas de trainee, um dado chamou a atenção: um em cada três estudantes (34%) se candidata a mais de oito programas de trainee, 25% se candidatam apenas em uma empresa, 24% a dois ou três programas e cerca de 17% deles concorrem em quatro a sete empresas. A pesquisa, realizada em setembro de 2012, foi feita com 95 participantes, sendo 67% homens e 33% mulheres, com idade média de 25 anos, mas a maioria (43%) tem entre 25 e 27 anos. A maior parte é graduada em Administração, seguida por Engenharia e Economia. Dos jovens entrevistados, 44% já foi trainee, 36% estão atualmente na função e 20% está tentando uma vaga.

Muitos escolheram as empresas com interesse no plano de carreira e crescimento (34%), salário e benefícios (26%). Em terceiro lugar, os jovens levam em consideração a indústria, setor e negócio (25%). A conclusão do estudo mostrou baixa diferenciação, já que os jovens se candidatam a muitos programas. Além disso, as grandes empresas continuam sendo as preferidas. A maioria busca vaga como trainee pela perspectiva de carreira “rápida”, acesso a treinamento e desenvolvimento e a remuneração é fator de atração relevante. A avaliação que os candidatos fazem dos programas é que treinamento e job rotation são bastante valorizados, mas há problemas na gestão e organização dos programas.

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