Para fabricantes de veículos, aumento no IPI superou as expectativas

O governo anunciou hoje mudanças nas alíquotas de IPI de automóveis, que passam a vigorar a partir de 1º de janeiro até 30 de junho do próximo ano.

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A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) avalia que as novas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciadas hoje (24), estão “acima das expectativas” e terá impacto negativo no volume de vendas. 

“Acreditamos que os aumentos estão acima de nossas expectativas iniciais. Não podemos fazer prognósticos dos impactos no mercado, mas é importante lembrar que o 1 ponto percentual adicional de IPI, no caso dos populares, representa o acumulado de dois meses de inflação, e certamente com impacto no volume de vendas” disse Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, em nota divulgada à imprensa. 

O governo anunciou hoje mudanças nas alíquotas de IPI de automóveis, que passam a vigorar a partir de 1º de janeiro até 30 de junho do próximo ano, e ainda outro reajuste para o período entre 1º de julho de 2014 a 31 de dezembro de 2017.
 
Segundo a Anfavea, desde maio do ano passado até 30 de novembro deste ano a indústria automobilística deixou de recolher pouco mais de R$ 4,9 bilhões com a redução de IPI. Em compensação gerou R$ 11,6 bilhões em PIS/Cofins, IPVA, ICMS, além de viabilizar a produção de mais de 1,3 milhão de unidades adicionais, com enorme volume de encomendas em toda cadeia automotiva e aumento de 10 mil de empregos.

“A arrecadação adicional de mais R$ 6,7 bilhões comprova que a redução do IPI sobre os automóveis mais tributados do mundo tem efeito extremamente positivo para a economia brasileira,” pondera Luiz Moan Yabiku Junior. 

Para os veículos populares flex (1.000 cilindradas) o decreto determina que a alíquota passará, em 1º de janeiro, de 2% para 3%, com incidência até 30 de junho de 2014. Entre julho de 2014 e dezembro de 2017, o IPI será 7%. Veículos de cilindrada entre 1.0 e 2.0 flex (gasolina e álcool) passam de 7% para 9% agora e depois para 11%, a partir de 1º de julho do próximo ano.

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