Atividade da indústria gaúcha encerra 2013 em queda

Conforme dados da Fiergs, foi a segunda desaceleração consecutiva, alcançando o menor patamar em 13 meses

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A atividade do setor industrial gaúcho caiu 1,3% em dezembro, em relação a novembro, descontados os ajustes sazonais. Foi a segunda desaceleração consecutiva, alcançando o menor patamar em 13 meses. “A indústria, que passou boa parte de 2013 em recuperação, termina em queda e a tendência é pouco animadora. Os fatores estruturais que prejudicam a competitividade do setor continuarão presentes em 2014. Junte-se a eles, o aumento dos juros, o esgotamento dos estímulos à indústria, a volatilidade cambial e a nova rodada da crise argentina. Assim, a falta de ambiente que estimule o investimento, a inovação e a produtividade não permite a transição de uma recuperação cíclica para um crescimento sustentado. Há pouca margem para otimismo”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, ao avaliar o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), realizado pela entidade. 

Com exceção da massa salarial, que avançou 18,9% devido ao pagamento de participação nos lucros das empresas, todas as demais variáveis do Índice de Desempenho Industrial do RS (IDI-RS) tiveram retração em dezembro: compras de insumos e matérias-primas (-6,6%), faturamento     (-6,1%), horas trabalhadas na produção (-1,3%), utilização de capacidade instalada (-1,1%) e emprego (-0,2%). 

 Quando os 12 meses de 2013 são comparados com 2012, a atividade industrial no Estado registra um aumento de 4,5%. Segundo o presidente da FIERGS, essa elevação mostra apenas uma recuperação cíclica, pois a base de comparação é deprimida e foi antecedida por dois anos de desaceleração. Dessa forma, o saldo da expansão em três anos fica em 2,1%, significando uma média anual de apenas 0,7%. 

Dos 17 setores pesquisados, 13 tiveram crescimento no ano passado. As maiores influências positivas foram verificadas em Veículos automotores (10%), Máquinas e equipamentos (9,4%), Borracha e Plásticos (7,5%) e Alimentos (5,1%). Por outro lado, as pressões negativas sobre o resultado total vieram de Têxteis (-5%) e Couros e calçados (-1,6%). 

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