O Índice de Confiança do Empresário Industrial do RS (ICEI-RS) de abril caiu 2,8 pontos na comparação com março, atingindo 49,1. O desempenho significou o retorno das quedas, que haviam sido interrompidas no mês anterior. "Essa visão negativa se alastra entre as empresas e deverá afetar suas decisões de investimento. O cenário, portanto, é bastante adverso, compatível com atividade industrial em estagnação ou até mesmo em queda nos próximos meses", salienta o presidente da FIERGS, Heitor José Müller. Elaborado mensalmente pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), o levantamento varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 denotam maior otimismo e quanto mais abaixo, pessimismo.
O indicador de Condições Atuais recuou 2,9 pontos e totalizou 43,0 em abril. O sentimento de piora predomina com maior intensidade em relação à economia brasileira (34,4 pontos), que não ultrapassa a linha dos 50 pontos desde fevereiro de 2011. Para 62,1% das indústrias, a situação piorou. Em março, esse percentual era 43,3%. A percepção para o cenário no Rio Grande do Sul não foi muito diferente: 37,4 pontos.
O componente de Expectativas do ICEI-RS para os próximos seis meses desacelerou 2,5 pontos e permaneceu no campo moderado (52,3 pontos), sustentado pelo otimismo com o futuro das empresas (57,2), pois continuam negativas as perspectivas para as economias brasileira (42,6) e gaúcha (42,9). A proporção de empresários pessimistas com o cenário econômico do País chegou a 40,4%. Apenas 14,4% estão confiantes. Os demais afirmaram que nada mudará nos próximos seis meses em relação às dificuldades já existentes.