As retiradas de dinheiro da caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 1,273 bilhão em abril, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). A captação líquida não ficava no vermelho desde fevereiro de 2012, quando fechou negativa em R$ 412,5 milhões. Em março deste ano, a captação da poupança ficou positiva em R$ 1,789 bilhão e, em abril do ano passado, em R$ 2,616 bilhões.
No mês passado, os saques somaram R$ 124,1 bilhões e os depósitos, R$ 122,8 bilhões. Foram creditados R$ 3,3 bilhões de rendimentos e o saldo dos depósitos em poupança alcançou R$ 614,9 bilhões, dos quais R$ 480,4 bilhões são do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e R$ 134,5 bilhões, da poupança rural. De janeiro a abril deste ano, a captação líquida chegou a R$ 4,1 bilhões, contra R$ 13,1 bilhões em igual período do ano passado.
Pela regra atual, quando a taxa básica de juros (Selic) está maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a Taxa Referencial (TR), tipo de taxa variável. Essa fórmula está em vigor desde agosto do ano passado, quando a Selic foi reajustada para 9% ao ano. Quando os juros básicos da economia estão iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR.
A fórmula só vale para o dinheiro depositado na poupança a partir de 4 de maio de 2012. Para os depósitos anteriores, o rendimento segue a regra antiga, de 0,5% ao mês mais a TR. Os demais direitos de quem aplica na caderneta foram mantidos, como a isenção de taxa de administração e de impostos.
Saques da poupança superam depósitos
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