Para Dilma, país é capaz de se apropriar do pré-sal

Petrobras mostrou que pré-sal é palpável, diz a presidenta

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A presidenta Dilma Rousseff participou hoje (1º) da cerimônia de comemoração da Petrobras por ter atingido a marca de 500 mil barris de petróleo por dia produzidos no pré-sal. Para a presidenta,  a produtividade deixa claro que o Brasil é capaz de se apropriar do pré-sal.

"A Petrobras mostrou que o pré-sal é uma riqueza palpável, que é tangível, e, acima de tudo, que pertence ao povo brasileiro", disse, acompanhada dos ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e da presidenta da Petrobras, Graça Foster. Dilma acrescentou que "são feitos que fortalecem essa grande empresa e trazem benefício para a população".

Em discurso, Dilma defendeu a Petrobras. A empresa é alvo de denúncias e investigações sobre supostas irregularidades em contratos da estatal. "Não será um ou outro fato isolado, que não representa as características da empresa; ou uma ou outra tendência momentânea que vão abalar sua credibilidade, a sua imagem e história de sucesso", disse, destacando que questionar a seriedade dos quadros técnicos da empresa não a torna menos capaz de explorar o pré-sal.

A presidenta destacou que a contratação direta da Petrobras para explorar o excedente do volume contratado sob regime de cessão onerosa em quatro campos do pré-sal é um reconhecimento à companhia. A decisão foi aprovada em 24 de junho no Conselho Nacional de Política Energética e deve aumentar as reservas da estatal entre 9,8 bilhões e 15,2 bilhões de barris de petróleo. "O recorde dos 500 mil barris por dia e essa nova contratação concorrem para um duplo objetivo: tornam irreversível o grande papel estratégico da Petrobras".

"Quero deixar sublinhado que a Petrobras, a partir de agora, passa também, com a decisão do governo federal, a ter acesso ao maior volume de petróleo tornado disponível na atualidade por qualquer país do mundo a qualquer empresa".

Dilma também lembrou que a decisão do governo de definir o modelo de partilha para o pré-sal foi questionado, segundo ela, pela mesma espécie de críticos que se opôs à campanha do Petróleo é Nosso, que culminou na criação da companhia.

"As vozes dos que querem diminuir a importância da Petrobras no cenário brasileiro e internacional se perderão mais uma vez no deserto, serão enterradas na imensidão dos mares, cujas riquezas pertencem mais do que nunca ao povo brasileiro".

Segundo a presidenta, o pré-sal renderá à saúde e à educação do país R$ 1,3 trilhão em recursos adicionais nos próximos 35 anos. "Esses 500 mil barris foram considerados uma ilusão que nós, como representantes do governo,  estávamos praticando e impondo à Petrobras, mesmo apresentando dados tecnicamente sólidos".

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também destacou que o modelo de partilha foi questionado. "Tivemos que ouvir que o pré-sal não existia e estávamos criando um regime para aumentar a intervenção do Estado na iniciativa privada. Hoje podemos comprovar o acerto da decisão tomada naquela época. Isso é apenas o começo desta grande província petrolífera que pertence ao povo brasileiro".

Lobão afirmou que a Petrobras tem capacidade técnica para explorar o pré-sal e o excedente da cessão onerosa. "Ela jamais nos faltou, jamais faltou ao país. Faltam a ela aqueles que a criticam de maneira até irresponsável muitas vezes".

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