Dívida Pública aumenta para R$ 2,202 trilhões

Aumento de 3,77% foi apurado em junho

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 Dívida Pública Federal  (DPF) aumentou em termos nominais 3,77%, em junho, passando de R$ 2,122 trilhões apurados no mês anterior para R$ 2,202 trilhões, conforme divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta quinta-feira (24/7).

A variação deveu-se à emissão líquida no valor de R$ 64,25 bilhões e à apropriação positiva de juros de R$ 15,80 bilhões. As emissões da DPF corresponderam a R$ 66,73 bilhões e os resgates somaram R$ 2,48 bilhões, sendo R$ 65,06 bilhões  referentes à Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) e R$ 810 milhões referentes ao resgate líquido da Dívida Pública Federal externa (DPFe).

O coordenador geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, destacou que o volume de emissões da DPF foi o maior do ano e que o volume de resgate foi o menor do ano.  Dos mais de R$ 66 bilhões emitidos, R$ 35 bilhões foram colocados por meio de ofertas públicas e R$ 30 bilhões destinados ao BNDES, informou o coordenador.

“Nos últimos meses foi muito expressivo o volume vendido em ofertas públicas. Em junho, mesmo com a redução do mercado secundário, que teve menos dias de negociação por causa dos feriados da Copa do Mundo, o resultado ainda foi bastante positivo. E, a conclusão, é que a demanda por títulos continua forte, tanto por prefixados, quanto por LFTs e externos”, observou Garrido.

O coordenador da Dívida disse que a conjuntura continua favorável para a compra de títulos. “Mesmo com a ata do Copom, sinalizando, agora, manutenção das taxas, os juros se mantêm atraentes, inclusive nas LFTs que são atreladas à taxa Selic.”

Ele citou, como exemplo do interesse por títulos, o desempenho do Tesouro Direto que, nos últimos seis meses, teve 28 mil novos investidores cadastrados. Em junho, as emissões no Tesouro Direto somaram R$ 308,11 milhões e no ano alcançam R$ 2,6 bilhões. A maior parte das emissões ainda é de NTN-B, mas boa parte é de LFT, frisou Garrido.

O interesse pelos títulos por parte de instituições financeiras é demonstrado no aumento de sua participação entre os demais detentores da carteira de títulos. O estoque em poder dessas instituições passou de R$ 581,14 bilhões , em maio, para R$ 625,74 bilhões, em junho, sendo que a participação relativa aumentou de 28,63% para 29,64%.

O volume de títulos em poder dos investidores estrangeiros aumentou de R$ 369,81 bilhões para R$ 383,58 bilhões. Já os fundos de investimento elevaram seu estoque de R$ 425,81 bilhões para R$ R$ 438 bilhões.

Bônus – Em relação à emissão, na véspera, de US$ 3,5 bilhões do novo bônus da República, o Global 2045, Garrido comentou que foi muito bem sucedida, com o menor cupom de 30 anos (5% a.a.) – o menor registrado anteriormente foi de 5,625% a.a.. A comparação, segundo ele, vale também para emissões de outros emergentes, como o México e Colômbia, que registraram patamares superiores a 5,5% a.a..

 
 
 
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