A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 3,4 bilhões no primeiro semestre de 2014, crescimento de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado decorreu, principalmente, do aumento das receitas financeiras de crédito em 46,1% - reflexo do crescimento de 28% da carteira em 12 meses, da ampliação do resultado de títulos e valores mobiliários em 45,5% e do incremento nas receitas de prestação de serviços e tarifas em 12%, influenciadas pelo aumento do volume de negócios com clientes, informou o banco.
A carteira de crédito ampliada atingiu 19,3% de participação no mercado, com o saldo de R$ 552,1 bilhões, crescimento de 28% em 12 meses.
A Caixa informou ainda que permaneceu na liderança do crédito habitacional, com 67,6% de participação no mercado. O saldo da carteira superou R$ 303,5 bilhões, com evolução de 27,3% quando comparado ao primeiro semestre de 2013. O segmento habitacional representa 55% do total da carteira de crédito do banco.
No âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida, foram contratados R$ 16,4 bilhões no período, com total de 210,4 mil unidades habitacionais. Desse valor, 32% foram destinados a famílias com renda até três salários mínimos.
No primeiro semestre de 2014, foram contratados R$ 14,1 bilhões em operações de saneamento e infraestrutura, sendo R$ 2,3 bilhões em saneamento básico; R$ 2,9 bilhões em financiamentos de energia e logística; R$ 3,8 bilhões em operações de mobilidade urbana, e R$ 5,1 bilhões em infraestrutura urbana. Com desembolsos atingindo R$ 9,6 bilhões, o saldo dessas operações somou R$ 46,2 bilhões, alta de 52,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A Caixa contratou R$ 2,1 bilhões em crédito rural no primeiro semestre de 2014, aproximadamente R$ 1,9 bilhão a mais que o registrado no mesmo período do ano anterior. O custeio e investimento agrícola somaram R$ 1,2 bilhão contratados e o custeio e investimento pecuário, R$ 786 milhões.
O índice de inadimplência do crédito do banco chegou a 2,77%, alta de 0,1 ponto percentual no trimestre. “A oscilação decorre da diminuição da velocidade de expansão da carteira de crédito e do avanço na participação em segmentos com maior rentabilidade e, consequentemente, maior risco, conforme previsto no planejamento do banco”, diz a Caixa.