Lojistas reclamam que foi o pior ano

Comerciantes do Estado sofrem com a redução no volume de vendas, já que o inverno quase não deu as caras

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Temperaturas acima dos 20°C nos meses de junho, julho e agosto são, normalmente, atípicas para os gaúchos. Porém, não é o que está acontecendo nesse inverno. A geada, o frio intenso e as temperaturas negativas pouco apareceram no Rio Grande do Sul em 2014, prejudicando principalmente o comércio. Os lojistas, preparados desde o mês de maio para a estação, estão tendo que baixar os preços e oferecer mais descontos e condições para diminuir os prejuízos.

De acordo com a presidente do Sincomércio de Passo Fundo, Sueli Marini, em relação ao ano passado as vendas caíram entre 10% e 30%, conforme o segmento. As maiores perdas, segundo ela, foram nos setores de roupas e calçados. “Os meses de agosto e setembro são tradicionalmente meses de transição das estações, onde as vendas se enfraquecem, mas esse ano vários fatores agravaram o problema”, destaca Sueli. É o que também reforça o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Passo Fundo, Agadir Stramari: “já sabíamos que as vendas iam diminuir por causa da Copa do Mundo, mas outros fatores como os períodos intensos de chuva e o calor fora de época contribuíram com a redução nas vendas”, explica o presidente.

Mas Stramari também salienta que duas ocasiões aliviaram a situação do comércio e ajudaram a impulsionar as negociações: a LiquidaPasso e o Dia dos Pais. Entretanto, apesar dos períodos de melhoria, os consumidores ainda precisam buscar alternativas para enfraquecer o estoque do inverno e conseguirem se preparar, desde já, para o verão. Ary Rabello, proprietário de uma loja de calçados e confecções, é um desses exemplos. Ele vê de perto os efeitos da pouca procura dos consumidores e também deposita a responsabilidade no clima. “O inverno foi fraco e não colaborou, tivemos poucos dias de frio, o que afastou os clientes. 2014 foi o pior ano para o comércio”. Para ele, a alternativa é se adaptar às temperaturas e já começar a expor os produtos do verão. “Agora, mesmo que tenhamos alguns dias de frio, as pessoas não vão procurar artigos de inverno porque a estação já está acabando”, conclui.

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