A concessão de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para projetos de tecnologia da informação e comunicação (TIC) tem crescido de forma constante e diversificada, informou à Agência Brasil a chefe do Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação da Área Industrial do banco, Irecê Kauss. Segundo ela, o apoio do banco se dá a empresas de todos os portes, "em segmentos diversos como segurança da informação, sistema integrado de gestão empresarial (ERP, do nome em inglês), serviços de TI [tecnologia da informação] e internet das coisas”.
O volume concedido pelo banco para TIC alcançou R$ 3,7 bilhões de janeiro a julho deste ano, sendo R$ 470 milhões em TI e o resto em telecomunicações. Em 2013, as liberações somaram R$ 3,1 bilhões, dos quais em R$ 900 milhões na área de TI e o restante em telecomunicações. Não há, entretanto, levantamento no BNDES sobre as regiões que têm recebido maior volume de financiamento em TI, explicou Irecê Kauss.
Os recursos para projetos inovadores de TIC são oriundos do Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (BNDES Prosoft) e se inserem na área de inovação, considerada prioridade estratégica para o banco. De janeiro a junho deste ano, os desembolsos para inovação atingiram R$ 2,6 bilhões, ante R$ 5,3 bilhões em todo o ano passado.
Com dotação orçamentária de R$ 5 bilhões, o Prosoft já tem R$ 730,6 milhões, correspondentes a 15% do total, comprometidos desde agosto de 2007 com projetos de TI em análise, aprovados e contratados. Isso significa que estão disponíveis, até o fim do programa, em agosto de 2017, R$ 4,27 bilhões, segundo informação da assessoria de imprensa do banco.
Na última quinta-feira (21) o BNDES anunciou a aprovação de financiamento no valor global de R$ 41,3 milhões para projetos de seis empresas de tecnologia da informação (TI) nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do país. Os recursos serão concedidos no âmbito do Prosoft. Os projetos atenderão aos estados do Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e de São Paulo, e devem gerar mais de 5 mil empregos, de acordo com estimativa do banco.