Alimentos sobem e provocam avanço da inflação

carne bovina está entre os itens que ficaram mais caros

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O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou agosto em alta de 0,12%. A taxa é o dobro da apurada na última prévia (0,06%), mas está abaixo da registrada no começo do mês (0,16%). A pesquisa, feita pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que seis dos oito grupos pesquisados apresentaram acréscimos.

O grupo alimentação foi o que influenciou a média inflacionária ao reverter a queda média de 0,01% para alta de 0,13%. Entre os itens que ficaram mais caros está a carne bovina (de -0,54% para 0,34%).

No grupo habitação, o índice subiu de 0,27% para 0,34%, puxado, principalmente, pelo condomínio residencial (de -0,28% para 0,05%). Em saúde e cuidados pessoais, o aumento foi 0,35% ante 0,27%. Entre as despesas em alta no grupo estão os serviços de salão de beleza, que passaram de 0,30% para 0,71%.

No grupo despesas diversas, a taxa passou de 0,14% para 0,19% com influência vinda das clínicas veterinárias que reajustaram seus preços em 1,81% ante 1,15%. Em transportes, diminuiu a intensidade de queda (de -0,06% para -0,02%), reflexo da venda de gasolina a preços variando -0,40% ante -0,55%. E, em vestuário, houve movimento semelhante (de-0,70% para -0,50%).

Em educação, leitura e recreação, caiu o ritmo de alta com variação de 0,12% ante 0,28%, resultado da queda no valor dos ingressos para shows musicais (de 5,29% para -0,26%). No grupo comunicação, o índice caiu mais passando de -0,34% para -0,53%, efeito de uma queda mais expressiva na tarifa de telefone residencial (de -1,11% para -1,93%).

As cinco maiores influências de alta veiram dos grupos: refeições em bares e restaurantes (0,43%), aluguel residencial (0,65%), plano e seguro saúde (0,73%), leite tipo longa vida (3%) e tangerina (26,72%). Por outro lado, os grupos que mais contribuíram para queda foram: batata-inglesa (-21,47%), tarifa de telefone residencial (-1,93%), hotel (-3,63%), tomate (-5,88%) e massas preparadas e congeladas (-3,78%).

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