O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS) registrou um ligeiro crescimento na passagem de novembro para dezembro, de 44,0 pontos para 44,2. No entanto, o indicador continuou, pelo nono mês consecutivo, abaixo de 50 pontos, mostrando que o setor termina o ano pessimista. “A leve alta mensal está longe de apontar qualquer alteração no quadro de falta de confiança que predomina desde o início do segundo trimestre. Sem competitividade no mercado global e com o desempenho doméstico comprometido pela estagnação da demanda interna, a situação das companhias fabris no Estado se mantém deteriorada”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller.
Elaborado mensalmente pela entidade, o levantamento varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 denotam maior otimismo e quanto mais abaixo, pessimismo. A pequena melhora geral na confiança dos empresários refletiu as perspectivas menos negativas para os próximos seis meses. O índice de expectativas com o futuro aumentou de 46,7 pontos, em novembro, para 48,0, em dezembro, apesar de continuar indicando ceticismo. O resultado foi influenciado pela análise do que o industrial espera da economia brasileira, cuja pontuação passou de 35,2 para 37,5. O mesmo movimento, mas em ritmo menor, ocorreu com a avaliação sobre a própria empresa, avançando de 52,7 para 53,1 pontos.
Já a situação presente da economia brasileira e estadual, além da própria empresa, ficou ainda pior no último mês do ano. Esses dois itens impactaram nas condições atuais, que caíram de 38,7 pontos para 36,7. Segundo 73,1% dos entrevistados, houve uma degradação do cenário econômico do País nesse semestre. Apenas 2,4% detectaram melhora. Em relação à percepção do desempenho dos negócios empresariais, o recuo chegou a 2,0 pontos.
