Varejo gaúcho deve reduzir em 8 a 10% as contratações

Medidas da nova equipe econômica refletem no custo empresarial e oneram consumidor final

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Empresários atribuem resultado às medidas do governo federalEmpresários atribuem resultado às medidas do governo federal
Empresários atribuem resultado às medidas do governo federal
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Ainda impactados pelo tímido desempenho de 2014, tanto o varejo como a indústria gaúcha têm novos motivos para se preocupar. Recentes medidas adotadas pelo governo federal, como a Medida Provisória 664 (que, entre outras disposições, altera o período de afastamento a cargo do empregador em caso de doença ou acidente do trabalho para os contratos de trabalho em vigor), o veto do reajuste do Imposto de Renda para a Pessoa Física (IRPF), aumento do IOF nas operações de crédito, nos combustíveis, na importação e nos cosméticos geram insegurança e devem refletir no preço dos produtos comercializados. De acordo com a Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV), o cenário poderá resultar ainda em uma redução de 8 a 10% na contratação de novos funcionários para o setor no Estado, o equivale a 30 mil vagas.

Com o veto da Presidente Dilma Rousseff sobre o reajuste de 6,5% na tabela do IRPF, a renda da população diminui e, consequentemente, o poder de compra também. “As lojas sentirão esse impacto, pois passarão a vender menos. E como as empresas querem aumentar a produtividade funcional, certamente irão deixar de contratar funcionários ou o farão em menores proporções, o que é muito negativo para a economia local especialmente nesse momento de instabilidade”, afirma Vilson Noer, presidente da AGV.

A Medida Provisória nº 664 (MP 664) também tem gerado dor de cabeça para o empresariado. O auxílio-doença é um dos pontos de maior insatisfação para a categoria, pois transfere ao empregador o custeio dos 30 primeiros dias do empregado com licença médica e não mais os 15 dias iniciais, como previa a legislação. Com essas determinações, o custo das empresas e estabelecimentos comerciais aumenta e deve ser repassado para o preço dos produtos. “Essa é uma reação em cadeia e certamente pesará no bolso do consumidor final, que, infelizmente, terá de pagar a conta”, comenta Noer.

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