Ano inicia com vendas em baixa

A perspectiva dos empresários é que 2015 seja um ano de muita cautela e pouco crescimento

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Vendas em janeiro foram mais baixas que dezembro do ano passado e a perspectiva é que não haja muito crescimento ao longo de 2015.Vendas em janeiro foram mais baixas que dezembro do ano passado e a perspectiva é que não haja muito crescimento ao longo de 2015.
Vendas em janeiro foram mais baixas que dezembro do ano passado e a perspectiva é que não haja muito crescimento ao longo de 2015.
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Depois de encerrar 2014 com vendas abaixo do esperado, o comércio tem um novo desafio: enfrentar a desaceleração que deve continuar em 2015. De acordo com o conselheiro fiscal da Câmara de Dirigentes Lojistas de Passo Fundo, Ary Rabello, janeiro não apresentou crescimento em relação a dezembro do ano passado e os índices estão, inclusive, abaixo do esperado. Ary acredita que essa será a realidade do ano todo e projeta uma desaceleração que deve continuar, não só no Rio Grande do Sul, mas em todo o país “A perspectiva para 2015 não é das melhores. Nós tivemos a alta dos juros, aumento da inflação, endividamento das pessoas que em 2014 aproveitaram a redução do IPI da linha branca, dos automóveis, investiram no Minha Casa, Minha Vida. Isso fez com que mais de 50% dos passo-fundenses e brasileiros também ficassem endividados, o que consequentemente, afeta nas vendas de hoje”, comenta. Além disso, Rabello acredita que os feriados no meio da semana – serão onze ao todo – também tragam uma redução no faturamento. “O ano passado nós tivemos a Copa do Mundo e as eleições que também nos afetaram. Então esses últimos dois anos não foram muito bons nem para o comércio e nem para a indústria”, explica. 

Para a presidente do Sincomércio, Sueli Marini, depois de tudo que aconteceu com a economia no ano passado, muitos empresários já estavam preparados e sabiam que seria um ano de vendas com muita cautela. “Agora houve a confirmação de que a economia está lenta”, lembra. De acordo com ela, a realidade da maioria dos empresários com quem tem conversado é de vendas menores do que em 2014. “Eu tenho resultado de que a maioria está vendendo menos, outros estão empatando com 2014 e alguns poucos estão conseguindo vender um pouco a mais, principalmente a linha branca que sempre tem mais saída no começo do ano, em função das liquidações”, explica.

Sem contratações
Esse cenário tem influência direta nas contratações, que devem sofrer uma retração nesse ano. “Há uma previsão do nosso varejo gaúcho de reduzir neste ano em torno de 10% as contratações”, alerta Rabello. Já Sueli acredita que a partir de agora o empresário vai ter que fazer com que a sua produtividade cresça com a mão de obra que ele já tem dentro da sua empresa. “Fica muito difícil numa perspectiva de menor consumo você fazer muitas contratações. Já está havendo essa retardação. O número de vagas que estão fechando é maior do que as que estão abrindo e as pesquisas já apontam que a maioria dos empresários não pretendem fazer novas contratações”, comenta.

 

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