Mantendo o vinha acontecendo nos últimos meses de 2014, o município de Passo Fundo registrou mais demissões que contratações no primeiro mês do ano. Em janeiro, o saldo foi negativo em 173 vagas formais de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado deixa Passo Fundo na 61ª posição entre os municípios gaúchos com mais de 30 mil habitantes no quesito geração de emprego.
Dentre os principais setores que empregam na cidade, apenas a construção civil conseguiu ampliar as vagas, em número de 29 novos postos de trabalho. Já os setores da indústria de transformação, comércio e serviços demitiram mais do que contrataram. Por conta disso, o resultado final do município foi uma retração de 0,29% na geração de emprego. Em dezembro do ano passado, Passo Fundo havia perdido 584 vagas no mercado formal, o que representou um saldo negativo de 0,97%. Já em igual período do ano passado, o saldo foi bastante pequeno, porém positivo: em janeiro de 2014 foram criadas cinco novas vagas de trabalho em Passo Fundo.
RS conseguiu expandir
No estado como um todo, por outro lado, foram gerados 8.338 empregos celetistas, equivalente a uma expansão de 0,31% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Os setores que mais contrataram no estado foram agropecuária e indústria de transformação.
Na amostragem de municípios, o primeiro colocado em geração de emprego foi Vacaria, que contou com a criação de 5.286 vagas. Em segundo lugar aparece Santa Cruz do Sul, com 754 vagas criadas. A terceira colocação é de Venâncio Aires, que teve 481 novos empregos. Os três piores resultados são de Pelotas, que perdeu 678 vagas; Rio Grande (-842 vagas) e Porto Alegre (-2.072 vagas).
Panorama nacional
Em nível nacional, a indústria de transformação voltou a contratar no mês de janeiro, acrescentando ao mercado 27.417 postos de trabalho. Entre os destaques estão a indústria calçadista, com 7.554 novos empregos, mecânica, têxtil e a de borracha. No recorte geográfico duas regiões expandiram o nível de emprego: Sul (+29.688 postos ou +0,40%), em função da elevação nos três estados e Centro-Oeste (+1.208 postos ou + 0,04%), devido ao aumento do emprego no Mato Grosso (+6.316 postos ou +0,95%).