Passo Fundo evolui no ranking de desenvolvimento socioeconômico

Município obteve um resultado 5% melhor e subiu 11 posições no Estado. O estudo é importante para o planejamento de ações da prefeitura

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No ranking dos 18 primeiros colocados do Estado com mais de 100 mil habitantes, Passo Fundo foi o município que mais cresceu no Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese). A variação entre os anos de 2010 e 2012 foi de 5,1%, à frente dos demais, que tiveram uma elevação de cerca de 2% a 3%. O indicador vai de 0 a 1, em que 0 representa o pior cenário e 1 o melhor. O resultado de Passo Fundo foi 0,778, acima da média estadual que ficou em 0,744 e muito perto da média do Corede Produção, 0,779. Dos itens analisados, saúde foi o único que não melhorou, mas não apresentou uma queda brusca, passando de 0,802 para 0,801. Educação e renda, por outro lado, tiveram crescimentos significativos. O primeiro passou de 0,671 em 2010 para 0,719 em 2012. O segundo de 0,750 para 0,813. Para o secretário extraordinário de gestão de Passo Fundo, Diorges Oliveira, é sempre bom receber indicadores positivos e de crescimento sobre o município. "As políticas públicas possuem um período de implementação para que nos anos posteriores possam gerar efeitos positivos, o que vem acontecendo com Passo Fundo. Mesmo assim nos setores de educação, renda e saúde houve um crescimento percentual importante, visto que nos últimos anos estamos convivendo com taxas de desenvolvimento para o Brasil com índices menores".

Os dados e o município
Pesquisas como o Idese, desenvolvidas a partir de informações sérias e que trazem dados reais sobre a situação municipal podem ser muito úteis para o planejamento da prefeitura. Esses indicadores, além de mostrar o quadro atual dos mais variados fatores socioeconômicos, influenciam nos investimentos e na atenção da gestão. Para Oliveira, o trabalho da equipe vai além de apenas analisar. “Estes dados nos ajudam no planejamento em longo prazo para o município, pois podemos medir o resultado e o impacto das nossas políticas de governo nos diversos setores como educação, saúde e renda”. Segundo ele, estes indicadores dão elementos para agir com foco nas correções daquilo que precisa ser corrigido e onde se deve acelerar com as ações. "Por meio deles conseguimos medir nosso desempenho e tomar decisões mais assertivas”, acrescentou Oliveira.

De acordo com a economista e professora da Universidade de Passo Fundo, Cleide Fátima Moretto, os dados do Idese ampliam o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Além dos três blocos analisados por eles: educação, renda e saúde, o Banco Mundial possui mais de 200 indicadores relativos a vinte dimensões básicas envolvidas no conceito mais amplo do desenvolvimento sustentável. “O desenvolvimento sustentável compreende a noção de crescimento econômico, com a melhoria da qualidade de vida e preservação do ecossistema, o que implica na observação simultânea das dimensões produtiva, social, ambiental, territorial e cultural, ou seja, um grande desafio para a sociedade”, explica ela. A economista enfatiza a importância de levar esses dados em consideração. “Acompanhar os indicadores associados a essas dimensões é imprescindível para os gestores públicos, para os pesquisadores e para os cidadãos, pois uma sociedade desenvolvida envolve um processo de longo prazo com a participação de diferentes instituições, tais como o Estado, as famílias, a escola, as entidades representativas, dentre outras”.

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