Desemprego aumenta pelo segundo mês consecutivo

Número de contratações em julho foi menor no ano. Mês de junho registrou primeiro saldo negativo

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Com relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior, julho apresentou queda de 0,68% em Passo FundoCom relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior, julho apresentou queda de 0,68% em Passo Fundo
Com relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior, julho apresentou queda de 0,68% em Passo Fundo
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O município, que até então não vinha sofrendo os efeitos da crise econômica do país, registrou, no mês de julho, o segundo saldo negativo na relação entre admissões e demissões desde janeiro de 2015. Ao todo, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram extintas 405 vagas. O resultado representou uma queda de 0,68%, sendo que o setor de serviços foi o que mais demitiu: foram 192 vagas a menos. Além deste, no comércio também houve mais demissões do que contratações. Foram 769 admissões e 875 desligamentos. A indústria de transformação teve uma redução de 68 postos de trabalho e a construção civil demitiu 45 a mais do que contratou.

Até o mês de maio, Passo Fundo ainda apresentava mais contratações do que demissões no ano, porém, em junho, registrou a primeira redução. De acordo com o Coordenador da Unidade FGTAS-Sine Passo Fundo, Sérgio Ferrari, a situação já refletiu na procura pelo seguro desemprego, que aumentou cerca de 30%. “O número também cresceu, primeiramente, em decorrência da nova lei do seguro desemprego. Depois disso, com o desemprego atingindo o município, a procura é maior”, explica o coordenador. Para se ter uma ideia, nos últimos dois meses foram realizados em torno de 800 a 900 pedidos de encaminhamento do auxílio por mês. Ferrari também pontua que o desemprego deve crescer ainda mais, tanto a nível nacional, quanto estadual e municipal. “A tendência desse saldo é aumentar. Até o final do ano deveremos ter uma margem ainda maior de pessoas desempregadas”, afirma.

Se o resultado do município não foi bom, o do Estado é o pior da série histórica da pesquisa. O Rio Grande do Sul perdeu 17.818 empregos celetistas em julho, uma redução de 0,67% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. O resultado foi bastante influenciado pela indústria de transformação, que perdeu 6.933 vagas celetistas; pelos serviços, que demitiu 4.785 pessoas a mais que contratou e pelo comércio, que teve a diminuição de 4.340 vagas.

País também teve maior desemprego
Em julho, foram fechados 157.905 postos de trabalho com carteira assinada no país. O número representa queda de 0,39% no total de trabalhadores formais em comparação ao mês anterior. O resultado de julho representa a menor geração de empregos para o mês desde 1992, quando iniciou a série histórica. O número resulta da diferença entre admissões (1.397.393) e demissões de trabalhadores (1.555.298). Segundo o ministério, no acumulado do ano, houve perda de 494.386 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o recuo foi de 778.731 postos de trabalho, na série ajustada.

Evolução do emprego
Passo Fundo – Julho
Admissões: 2.018
Demissões: 2.423
Saldo: - 405
Variação: - 0,68%

 

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