Por mais um mês Passo Fundo perdeu mais empregos do que gerou. Dessa vez, a queda foi de 0,51%, o que representa 298 postos de trabalho a menos, segundo os dados de outubro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho. O setor que mais demitiu no 10º mês do ano foi o de serviços, que perdeu 171 vagas. Em segundo lugar em perdas está a indústria da transformação, que teve 66 demissões a mais que contratações. Os setores da construção civil e do comércio também demitiram mais que contrataram, perdendo 31 e 49 vagas formais em outubro, respectivamente.
O resultado empurrou o município para a 62ª posição na geração de emprego no Rio Grande do Sul entre os municípios com mais de 30 mil habitantes. No ranking estadual, apenas 22 dos 71 municípios pesquisados conseguiram gerar mais empregos do que demissões. O destaque é para Alvorada, que finalizou o mês com um saldo de 1.225 empregos formais criados, um crescimento de 6,85% em relação ao mês anterior. Rio Grande e Ijuí ficaram na segunda e terceira colocação, com a respectiva geração de 148 e 147 vagas.
No somatório de todo ano de 2015, Passo Fundo já perdeu 912 empregos com carteira assinada, uma retração de 1,53%. O maior número de demissões no ano é da indústria de tranformação (-537 vagas), seguido do comércio (-407 postos de trabalho). Também a construção civil tem saldo negativo de 45 vagas em 2015. O único dos quatro setores mais representativos para o emprego no município a manter-se com saldo positivo ao longo do ano é o se serviços, que ainda tem 59 contratações a mais que demissões.
Os dados também não são positivos para o estado como um todo. O Rio Grande do Sul teve uma retração de 0,31% em outubro, o que representa a perda de 8.252 empregos. Os principais responsáveis por esta queda são os setores da indústria de tranformação (-6.442) e de serviços (-2.082).
Os números no país
O número de empregados no Brasil com carteira assinada em outubro é de 40.386.567 de trabalhadores, de acordo com os dados Caged. Segundo os dados do Caged, em outubro, houve expansão do emprego na Indústria de Produtos Alimentícios, com geração de 6.258 postos de trabalho, principalmente pela ampliação de 5.035 postos nas atividades vinculadas à fabricação de açúcar. A Agricultura registrou o melhor resultado para o mês (-16.958) desde 2009.