Oferecer mais opções de horários de compras ao consumidor para garantir um incremento de vendas no Natal é uma das estratégias do comércio para o mês de dezembro. Neste sentido, as lojas devem ficar abertas até mais tarde nos próximos dias, além da abrirem nos próximos domingos à tarde. A sugestão da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Passo Fundo é que os lojistas aproveitem para permanecer com seus estabelecimentos abertos até 20h ou 21h nos dias de semana e a partir das 14h nos dias 13 e 20 de dezembro (domingos).
De acordo com o presidente da CDL, Agadir Stramari, os lojistas devem ficar com seus estabelecimentos abertos até o horário em que se sentirem seguros. “Sabemos que quando cai a noite é mais perigoso manter a loja aberta, mas a Brigada Militar reforçou que estão com a operação Papai Noel, o que deve garantir mais segurança nesses dias. Mas como o horário do comércio de Passo Fundo é livre, vai depender da escala que cada proprietário acertou com seus funcionários e com o sindicato da categoria”, comenta.
Campanha de Natal
Oportunizar preços e condições favoráveis de pagamento para que o consumidor possa presentear quem ama é o objetivo da campanha Natal dos Sonhos, promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas. As mais de 1.500 lojas associadas à entidade já receberam cartazes e faixas da campanha e se preparam para atender os clientes, que buscam a combinação entre qualidade e preço baixo.
Para 2015, a expectativa de crescimento de vendas é de 1 a 2 % comparado ao ano passado. “Ninguém deixa de presentear quem ama, seja com presentes de maior ou menor valor, as pessoas têm um estímulo a mais para ir às compras nessa época”, destaca o presidente da CDL Agadir Stramari. Além disso, o 13º salário é um fator que contribui para que as vendas aumentem no período.
Conforme Stramari, o Natal é uma data onde todos os segmentos são procurados pelos consumidores. “Destaque para o setor de brinquedos, já que as crianças costumam receber diversos presentes, dos pais, tios, avós”, comenta. Além dos brinquedos, confecções, calçados e perfumaria ganham destaque na época.
Expectativa no país
O Natal deste ano deverá ser pior que o do ano passado para o comércio brasileiro, de acordo com estimativas de entidades e especialistas do setor. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por exemplo, prevê que as vendas nesse período caiam 4,1%. Segundo a CNC, será primeira queda desde o início da série histórica sobre vendas de comércio, em 2004. A retração será acompanhada de queda de 2,3% no número de vagas para contratação temporária, acrescenta a CNC De acordo com a CNC, um dos segmentos mais afetados é o de móveis e eletrodomésticos, em razão da desvalorização cambial, da alta da inflação e, em especial, do encarecimento do crédito.
Já uma pesquisa feita entre nos dias 15 e 23 de outubro pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) com representantes de 59 empresas associadas mostrou que o setor espera vender 0,4% mais do que no ano passado, o que significa estabilidade nas vendas, segundo a entidade. Em 2014, a expectativa era de um consumo 7,2% maior, já descontados em ambos os casos o efeito inflacionário.