A alta do dólar e a queda da atividade econômica devem levar à redução do déficit das contas externas do Brasil. O Banco Central (BC) espera que o saldo negativo das transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e as transferências de renda do país com o mundo, caia de US$ 62 bilhões ou 3,48% do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, para R$ 41 bilhões (2,66% do PIB), em 2016. Com a alta do dólar e a menor renda, os brasileiros também estão viajando menos menos ao exterior. De janeiro a novembro, os gastos de brasileiros em viagens fora do país ficaram em US$ 16,112 bilhões contra US$ 23,411 bilhões, registrados em igual período de 2014.
A alta do dólar e a queda da atividade econômica devem levar à redução do déficit das contas externas do Brasil. O Banco Central (BC) espera que o saldo negativo das transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e as transferências de renda do país com o mundo, caia de US$ 62 bilhões ou 3,48% do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, para R$ 41 bilhões (2,66% do PIB), em 2016. Com a alta do dólar e a menor renda, os brasileiros também estão viajando menos menos ao exterior. De janeiro a novembro, os gastos de brasileiros em viagens fora do país ficaram em US$ 16,112 bilhões contra US$ 23,411 bilhões, registrados em igual período de 2014.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, destacou que houve alta de cerca de 40% no valor do dólar este ano. Essa valorização da moeda americana em relação ao real torna a compra de bens e serviços do exterior mais cara. Outro fator que diminui a compra de produtos e serviços do exterior é a menor renda dos brasileiros. Por outro lado, a alta do dólar favorece as exportações. Com isso, o déficit das contas externas fica menor.
“Tivemos uma desvalorização [do real] de quase 40% que permeia o comportamento de quase todas as contas de balanço de pagamentos. Um segundo fator é uma perda de dinamismo da economia, que reduz a demanda por bens e serviços externos”, disse.
De acordo com Maciel, o resultado da balança comercial foi o principal fator de influência nas projeções para as contas externas. “Tanto as exportações quanto as importações recuaram este ano em relação a 2014. Mas houve um recuo mais acentuado das importações que caíram 24% e as exportações 16% [de janeiro novembro comparado a igual período de 2014]”, disse. Mas, de acordo com Maciel, há uma recuperação gradual do volume das exportações.
Para 2016, o BC espera que haja estabilidade das exportações e continuidade da queda das importações. “A estabilidade tem um aspecto favorável que é interrupção da redução das exportações”, disse. Maciel acrescentou que “boa parte” dos preços das commodities(produtos primários com cotação internacional) já caíram e não deve haver redução na mesma intensidade em 2016.
O BC projeta para 2015 superávit comercial, exportações superiores a importações, em US$ 15 bilhões, este ano. Para 2016, a estimativa é o dobro: US$ 30 bilhões.
A projeção para o déficit na conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) é US$ 38,7 bilhões, este ano, e US$ 33,4 bilhões, em 2016.
"Essa conta de serviços é historicamente crescente. Ano passado parou de crescer, praticamente. Este é o primeiro ano que mostra recuo, refletindo o ajuste externo esperado", destacou Maciel. Em 2014, o déficit na conta de serviços ficou em US$ 48,107 bilhões.
Viagens no exterior
“A conta de viagens ao exterior é muito sensível à taxa de câmbio”, disse Maciel.
Para a conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), a projeção de déficit do BC é US$ 40,9 bilhões, este ano, e de US$ 40,5 bilhões, em 2016.
A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) deve apresentar resultado positivo de US$ 2,6 bilhões, em 2015, e de US$ 2,9 bilhões, no próximo ano.
o valor do dólar este ano. Essa valorização da moeda americana em relação ao real torna a compra de bens e serviços do exterior mais cara. Outro fator que diminui a compra de produtos e serviços do exterior é a menor renda dos brasileiros. Por outro lado, a alta do dólar favorece as exportações. Com isso, o déficit das contas externas fica menor.
“Tivemos uma desvalorização [do real] de quase 40% que permeia o comportamento de quase todas as contas de balanço de pagamentos. Um segundo fator é uma perda de dinamismo da economia, que reduz a demanda por bens e serviços externos”, disse.
De acordo com Maciel, o resultado da balança comercial foi o principal fator de influência nas projeções para as contas externas. “Tanto as exportações quanto as importações recuaram este ano em relação a 2014. Mas houve um recuo mais acentuado das importações que caíram 24% e as exportações 16% [de janeiro novembro comparado a igual período de 2014]”, disse. Mas, de acordo com Maciel, há uma recuperação gradual do volume das exportações.
Para 2016, o BC espera que haja estabilidade das exportações e continuidade da queda das importações. “A estabilidade tem um aspecto favorável que é interrupção da redução das exportações”, disse. Maciel acrescentou que “boa parte” dos preços das commodities(produtos primários com cotação internacional) já caíram e não deve haver redução na mesma intensidade em 2016.
O BC projeta para 2015 superávit comercial, exportações superiores a importações, em US$ 15 bilhões, este ano. Para 2016, a estimativa é o dobro: US$ 30 bilhões.
A projeção para o déficit na conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) é US$ 38,7 bilhões, este ano, e US$ 33,4 bilhões, em 2016.
"Essa conta de serviços é historicamente crescente. Ano passado parou de crescer, praticamente. Este é o primeiro ano que mostra recuo, refletindo o ajuste externo esperado", destacou Maciel. Em 2014, o déficit na conta de serviços ficou em US$ 48,107 bilhões.
Viagens no exterior
“A conta de viagens ao exterior é muito sensível à taxa de câmbio”, disse Maciel.
Para a conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), a projeção de déficit do BC é US$ 40,9 bilhões, este ano, e de US$ 40,5 bilhões, em 2016.
A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) deve apresentar resultado positivo de US$ 2,6 bilhões, em 2015, e de US$ 2,9 bilhões, no próximo ano.