O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) teve variação de 0,88% na última medição de dezembro, acumulando alta de 10,53% no período entre janeiro e dezembro de 2015. De acordo com o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), a tarifa de energia elétrica foi o item que mais influenciou a inflação ao longo do ano, com reajuste de 49,43%.
Na última apuração de 2015, quatro dos oito grupos pesquisados apresentaram queda, com destaque para transportes (0,8% ante uma alta de 1,09%). Entre os itens que mais contribuíram para esse resultado está a gasolina, que passou de 2,23% para 1,35%.
Também diminuiu a intensidade de aumento nos grupos habitação (de 0,48% para 0,37%), com a tarifa de energia passando de 1,25% para 0,6%; educação, leitura e recreação (de 1,04% para 0,80%) influenciada pelos ingressos em salas de espetáculo (de 1,81% para 1,5%) e comunicação (de 0,13% para 0,10%), sob o efeito da mensalidade de TV a cabo que passou de 0,76% para 0,42%.
Em sentido oposto, ocorreram avanços, em índices superiores aos registrados na terceira prévia de dezembro, nos seguintes grupos: alimentação (de 1,67% para 1,75%), puxado pela alimentação fora de casa (de 06,% para 0,77%); vestuário (0,61% para 1,01%), com elevação das roupas em 1,2% ante 0,6%; despesas diversas (0,32% para 0,42%), com destaque para a tarifa postal (de 3,08% para 5,96%) e saúde e cuidados pessoais (0,66% para 0,67%). Neste último, o que mais pesou foi o salão de beleza (de 0,64% para 0,88%).
Os cinco itens com reflexo de alta sobre o IPC-S no fechamento do ano foram: refeições em bares e restaurantes (0,6%); gasolina (1,35%); tomate (13,3%) tarifa de táxi (8,72%) e plano e seguro de saúde (1,03%. Já os itens que mais ajudaram a conter a inflação foram: manga (-4,86%); computador e periféricos (-0,45%); alface (-1,59%); automóvel usado (-0,16%) e geladeira e freezer (-0,43%).