Dados divulgados pelo Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade, no início de março, apontam que o Brasil perde aproximadamente R$ 115 bilhões por ano com comercialização de produtos lícitos e a sonegação de impostos. Ainda, em 2015, um estudo da Euromonitor apontou que o valor do comércio ilegal significa 8% a 15% da economia mundial. Diante desse cenário de crescimento do comércio ilegal em todo o país, o Sistema Fecomércio, junto com os seus sindicatos de base, tem realizado reuniões em todo o Estado para discutir e apontar soluções para o assunto através da Comissão do Combate à Informalidade. Em Passo Fundo, a reunião acontece na sexta-feira, 15, na sede do Sincomércio, às 15h30 e busca o apoio de diferentes instituições e da comunidade para apontar ações para o combate ao comércio ilegal na cidade.
Definido como a “produção, importação, exportação, venda e compra de bens que não sigam a legislação atual em alguma jurisdição específica", o comércio ilegal é a principal preocupação dos lojistas em uma realidade de crise econômica em todo o Brasil. Conforme Sueli Marini, presidente do Sincomércio, o objetivo da reunião é ouvir a comunidade constituída para definir ações interinstitucionais capazes de auxiliar e orientar a população sobre a regulamentação do comércio. “Nosso objetivo é educar e conscientizar a sociedade, mostrando que produtos sem procedência afetam não apenas os lojistas, que estão devidamente regularizados inclusive com alta carga tributária e regramento em um momento de crise, mas o próprio consumir que adquire produto sem origem e sem segurança”, comenta.
Para o Sincomércio, reunir comunidade e instituições é essencial para que a sociedade perceba a importância de valorizar a qualidade de um produto e não apenas o preço que ele carrega. “Queremos ouvir todos os setores da sociedade e descobrir, juntos, a força que podemos ter. Cada vez que trazemos à tona um assunto, inibimos uma ação ilegal. É uma concorrência desleal com o empresário e com o própria pessoa que não se dá conta. A população deve se preservar de comprar apenas pelo preço mais barato de um produto”, acrescenta Sueli. A presidente ainda comenta que o prejuízo, ainda que pareça apenas direcionado aos lojistas regulamentados, é da sociedade como um todo. “A nossa preocupação é educar e conscientizar a sociedade de que ela está alimentando algo ilegal, e que o prejuízo vem como um todo para a sociedade. Nosso trabalho precisa ser focado na educação para sairmos do “país da vantagem” para irmos para um país de responsabilidade, produtividade e desenvolvimento”, conclui.
Serviço:
Reunião Técnica de Combate ao Comércio Ilegal
15 de março, 15h30
Sede do Sincomércio
Confirmação de presença pelo telefone: (54) 3313-6333
Sincomércio busca definir ações de combate
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