A Prefeitura de Passo Fundo e a Associação Médica do Planalto (AMEPLAN) realizam o 1º Congresso Internacional de Prevenção da Violência por uma Cultura de Paz, que acontece em paralelo ao 10º Congresso Médico de Passo Fundo, promovido pela entidade que congrega médicos do município e região. A solenidade oficial dos dois congressos foi realizada na noite de quarta-feira (27), no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo.
A conferência de abertura foi com o secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Benincá Beltrame, que trouxe o tema Segurança Pública, desafios e perspectivas para o Brasil. A iniciativa em parceria une duas temáticas complementares e mobiliza toda a comunidade. “Trata se de um evento que une dois congressos e apresenta uma pauta que tem demanda cada vez maior, no que diz respeito a acharmos soluções conjuntas. É um momento de reflexão em que a comunidade de Passo Fundo busca a minimização da violência e um futuro de paz”, afirmou o secretário de Saúde, Luiz Artur Rosa Filho. Ele afirmou ainda que a ideia de colocar a tema da violência no debate da medicina surgiu há dois anos. “A violência tem tudo a ver com saúde porque, no final das contas, é a saúde que tem que remediar. Nosso trabalho é muito resultado da violência, cerca de 20% das mortes do Brasil são violentas.”, pontuou.
No 1º Congresso Internacional de Prevenção da Violência, pelo menos 20 palestrantes discutem o tema de violência em contextos aplicados à cidade para um público de cerca de 500 participantes, incluindo servidores das secretarias de Saúde, Assistência Social, Educação e Segurança. Já no 10º Congresso Médico de Passo Fundo, a temática de Urgência e Emergência conta com, pelo menos, 50 palestrantes locais, nacionais e internacionais e um público de mais de mil congressistas entre alunos e profissionais.
Uma ampla abordagem acerca da “Violência e estresse pós-traumático” foi feita pelo psiquiatra e médico do trabalho Dr. Arthur da Motta Lima Netto, que proferiu a palestra de abertura do evento. Em sua abordagem, Netto explicou que o transtorno do estresse pós-traumático trata-se de uma resposta retardada a uma situação ou evento estressante. Segundo ele, o transtorno tem vários fatores de risco, tais como traumas de infância, traços de personalidade paranoide ou antissocial, sistema de apoio inadequado da família e amigos, mudanças estressantes recentes na vida, ser mulher, vulnerabilidade genética a doenças psíquicas ou mesmo a ingestão excessiva de álcool.
Programação
A programação segue nesta sexta-feira (29), no mesmo local, com temas “Depressão e violência”, “O terrorismo na vida íntima”, “Mais educação, menos violência”, “Violência de gênero”, “Acidentes de trânsito: uma epidemia a ser prevenida e controlada”, “As leis, as drogas e a violência”. No sábado, 30, serão organizadas oficinas propositivas, com os temas saúde, educação, segurança, legislação e Direito, e trânsito.